Com essas palavras, o vereador André Vechi (DC), eleito presidente da Câmara Municipal de Brusque, confirmou o rompimento com o governo do prefeito Ari Vequi (MDB). A colocação se deu durante entrevista ao programa Rádio Revista Cidade, da Rádio Cidade, na manhã desta segunda-feira (26).
André disse que procurou o prefeito para demonstrar sua intenção de comandar o Legislativo e obter dele o apoio, através de sua base na Câmara. No entanto, o que ouviu foi algo diferente do que esperava.
“Por forças ocultas que o pressionaram, ele disse que eu não era mais o candidato dele. Eu disse que iria buscar os votos dos demais e foi o que fiz”, destacou ele.
O novo presidente ainda falou sobre a construção de um novo espaço para a Câmara. Ele disse que Câmara precisa de mais espaço para atender a população.
A estrutura de plenário em si é boa, mas os locais em que os parlamentares recebem as pessoas é inadequado. O assunto avançou bastante sobre a gestão de Alessandro Simas (PP), mas deve ser deixado de lado por enquanto com Vechi.
"Não é minha prioridade construir prédio novo nesse momento”, destacou ele.
Apesar disso, o novo presidente da Câmara afirma que é necessário o Legislativo dispor de um espaço maior.
“Às vezes o cidadão traz um tema que é sensível, que requer discrição. Não tem. A questão é onde vai ser e quando vai ser feito”, frisou ele sobre a construção da nova sede.
André Vechi disse que vai fazer mudanças administrativas na Câmara. Entre elas as de reduzir gastos com salários que considera muito acima do que deveria ser no quadro de servidores. A extinção do cargo de assessor jurídico comissionado, que trabalha seis horas por dia com salário de R$ 17 mil, já que há um efetivo, e de um servidor cedido pela Prefeitura que tem salário de R$ 20 mil, estão na mira do novo presidente.
“Este é fiscal e poderia estar exercendo esse trabalho no Executivo”, pontuou ele.
André Vechi afirma que o presidente da Câmara tem seis cargos à disposição no Legislativo. A ideia é reduzir os valores salariais de todos, criando um sétimo para implementar a Escola do Legislativo. O corte deve gerar uma economia próxima de R$ 1 milhão ao ano, disse.