“Me dê oportunidade que derroto os dois no voto de novo”

Eleitos em 2020 com 40,54% dos votos (25.734), o ex-prefeito de Brusque, Ari Vequi (MDB), e o vice, pastor Gilmar Doerner (REP), foram cassados a partir de decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na última quinta-feira (4).

Na manhã de segunda (8), Ari passou o cargo para André Vechi (DC), até então presidente da Câmara de Vereadores. O rito do TSE prevê eleições suplementares ainda no ano de 2023, caso o próprio tribunal não anule a cassação por meio de liminar. 

O ex-prefeito foi entrevistado pela equipe de jornalismo da Rádio Cidade, no programa “Rádio Revista Cidade”, na manhã desta quinta-feira (11).

Sobre o momento de turbulência na vida política, Ari comentou que analisa a questão com serenidade, mas acredita ser injustiçado pela decisão do TSE.

“Sentimento de dever cumprido. Injustiçado por uma decisão judicial, ainda lutando para reverter. Saio de mãos limpas, sem ter um crime, um caso de corrupção, ou algo que denigre a minha imagem”, disse Vequi.

Na última eleição municipal, Vequi e Gilmar fizeram mais votos do que qualquer soma de dois outros candidatos. A chapa derrotou Paulo Eccel (PT), Ciro Roza (PODE), Professor Guilherme (PATRIOTA), Paulinho Sestrem (REP) e Coronel Gomes (PL). 

No tema eleitoral, Ari acredita que a população brusquense o daria uma nova chance em confronto direto contra seus principais opositores.

“Me dê a oportunidade de voltar ano que vem (para disputar a eleição). Me dê a oportunidade que eu derroto os dois no voto de novo. Fizeram de tudo para me cassar no tapetão porque perderam no voto”, pontuou.

Com relação às chances de retornar ao cargo de chefia do Executivo brusquense por meio de nova decisão judicial, Vequi também manteve o otimismo.

“As chances são grandes. Estamos muito confiantes. Isso não atrapalha o processo administrativo da cidade, o próprio prefeito em exercício faz questão que isso não aconteça. Nós entramos com pedido de agravo no TSE e uma liminar derrubando o afastamento pode acontecer a qualquer momento”.

Por fim, questionado sobre as eleições suplementares, que podem acontecer no segundo semestre, o emedebista não pensa em apoio no momento.

“Não tenho candidato e vou até o último instante. Se não for analisado (o pedido de agravo no TSE), vou pedir que a eleição não seja realizada. O que pode acontecer se realizarem a eleição em agosto e eu ganhar (na justiça) em setembro. O que vai acontecer? Vão ser obrigados a me pagar salário, pois sou prefeito eleito e o vencedor da eleição vai entrar na justiça. Eu não quero isso para a nossa cidade”, destacou Ari. 

 

Você pode acompanhar a entrevista completa em: www.youtube.com/watch?v=DwO4Zupgp2E

 
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