Do Rio para Brusque, unidos nos bastidores

O torcedor que acompanha o Brusque Futebol Clube normalmente conhece os diretores, elenco e a comissão técnica. Porém, o Bruscão tem dois profissionais que cuidam de vários detalhes importantes para os atletas entrarem em campo, seja nos treinos ou em partidas oficiais.
Os irmãos Marcio e Marcos Oliveira, que chegaram ao clube oriundos do Rio de Janeiro, trabalham como roupeiro e massagista, respectivamente. Marcio é mais conhecido pelo apelido Mãozinha, como gosta de ser chamado, e cuida da rouparia, ao lado da esposa. O setor fica no segundo piso da Arena Brusque e sempre tem movimentação, por conta da rotatividade de peças.
Com 20 anos de futebol, rodando por vários clubes do Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina, Mãozinha, há sete meses em Brusque, prepara desde o material de treino, separado em cestas individuais por atleta, até os conjuntos de uniforme que a equipe utilizará em campo nos jogos. Por exemplo, o material para a partida contra o Atlético de Ibirama, no sábado (5), já está pronto.
Além disso, as chuteiras de cada atleta são divididas entre as de treino e de jogo. Tudo arrumado no seu canto, para não existir engano. Segundo ele, os jogadores já foram mais exigentes do que são hoje. Ele destaca a chuteira de Romário como uma das mais importantes que cuidou, já que o artilheiro do Vasco e da Seleção Brasileira não divulgava marcas na chuteira e usava sempre pintada de preta.
O Vasco é o time que mais o marcou durante suas idas e vindas no futebol, principalmente por causa de Eurico Miranda, apesar de ser flamenguista. Ele sempre me apoiou e deu toda a força possível enquanto trabalhei lá. Se ele voltar, como estão especulando, posso aparecer por lá de novo, conta Mãozinha.
Já seu irmão Marcos está desde o jogo contra o Metropolitano na primeira fase. Chegando em momento bom, ele convive diretamente com os atletas, pois normalmente é quem os atende quando sentem algum problema em campo. Antes de trabalhar no Brusque FC, Marcos cuidava da rouparia do Botafogo e veio para ajudar o irmão em Santa Catarina.
Assim como os jogadores, Mãozinha e Marcos também vivem a vida cigana de trabalhador do futebol e já encontraram clubes nas mais diversas situações e condições de trabalho. Gostando de morar em Brusque, tanto Marcos quanto Mãozinha querem permanecer na cidade para a próxima temporada.
E, desta forma, os atletas seguem bem atendidos pelos irmãos cariocas, que trocaram a vida de uma das maiores cidades da América Latina por Brusque. Os dois se orgulham do trabalho que realizam e fazem questão de definir o futebol com algumas palavras. O futebol é uma cachaça, apesar das dificuldades que a gente encontra, é muito bom trabalhar nele, afirma Marcos.
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