Azambuja em busca de peregrinos
Depois que foi criada no ano passado a Paróquia do Santuário de Nossa Senhora de Azambuja, o pároco padre Alvino Inprovini Milani, em entrevista à Rádio Cidade, esclareceu quais as responsabilidades administrativas no chamado Vale dos Milagres.
Com a mudança, o seminário, o hospital e a paróquia passam a ter direção e gestão próprias. A paróquia de Azambuja está instalada entre o museu e o seminário. A casa de moradia do padre, o salão paroquial, salas de catequese e outras dependências, estão anexadas ao grupo de estudos filosóficos e teológicos do seminário.
Foi criado um conselho administrativo da paróquia, que tem a missão de gerenciar situações emergênciais a serem resolvidas. Entre elas, a reforma da igreja, que já apresenta infiltrações da água de chuva e, o mais grave, o ataque de cupins na estrutura de madeira. Outra idéia é construir um restaurante para os peregrinos. No ano passado, o acesso ao morro do Rosário foi totalmente recuperado.
“A água da gruta é milagrosa. Azambuja deve ser recuperada como santuário”, enfatizou Milani. Em uma recente reunião com os padres da diocese, desde Garopaba até Leoberto Leal, com os apostolados e grupos de oração, o padre “construtor”, como é chamado o sacerdote de 71 anos, pediu aos colegas para enviarem peregrinos ao Vale dos Milagres.
“Com o fim do turismo de compras de Azambuja, teve como conseqüência a diminuição da freqüência de visitantes ao Vale de Azambuja”, lamentou Milani. Por fim, ficou o pedido para que a comunidade católica ligada à paróquia de Azambuja participe mais do dizimo, não como obrigação, mas com o caráter de oferta.
“A igreja no futuro não vai viver de festas, mas do dízimo. A igreja não é do padre, é da comunidade. O dizimo não se paga, ele é uma oferta”, concluiu Milani.


