Negociação salarial vai para a Justiça
Não houve acerto entre trabalhadores e patrões da construção civil e do mobiliário de Brusque e região, nas negociações salariais e convenção coletiva. A data base para o fechamento das discussões foi o último sábado (1º). Com isso, o processo agora segue para dissídio coletivo, situação que caberá à Justiça dar a palavra final.
Essa é a segunda vez em 20 anos, que as negociações entre as partes fracassam na data base e o processo vai parar nas mãos do Judiciário. O presidente do Sintricomb, Renato Lungen, lamenta o fato de não ter havido acerto. Entretanto, ele diz estar confiante em uma decisão da Justiça em favor dos trabalhadores.
Isso, porque o sindicato dispõe de um grande volume de documentos que atestam as disparidades existentes nos valores salariais da categoria. “Se o juiz levar em consideração as provas que temos, que são muitas, a tendência é positiva para os trabalhadores”, considera o sindicalista.
Em assembleias realizadas em abril, os trabalhadores lotados nos sete municípios que integram a base territorial do Sintricomb (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Brusque e região) solicitaram reajuste de 12% sobre os salários. A contraproposta da classe patronal foi aumentar em 7% sobre os pisos da categoria.
Os trabalhadores se reuniram e em consenso rejeitaram a contraproposta, ficando no aguardo de nova sugestão da classe patronal, o que não ocorreu.
Segundo Renato, as decisões da Justiça em casos semelhantes sinalizam para uma vitória dos trabalhadores, o que elevaria os valores dos salários e pisos para percentuais acima dos solicitados pelos trabalhadores.


