Em entrevista ao programa "Batendo Papo Batendo Bola" nesta quinta-feira (28), André Rezini, diretor de futebol do Brusque Futebol Clube, traçou um panorama detalhado da atual situação do clube, abordando questões que vão desde elenco até os desafios financeiros.
Mudanças no elenco
Após a conclusão do Campeonato Brasileiro da Série B, o clube confirmou as saídas de Wallace, Jhemerson e do técnico Marcelo Cabo. Rezini revelou que diversos clubes têm consultado o Brusque para possíveis empréstimos de jogadores, mas foi enfático: "Sem compensação financeira, nenhum atleta sairá".
Renovações e negociações
O dirigente destacou a complexidade das negociações com jogadores que terminaram contrato. "Todos têm entre três a cinco propostas da Série B", afirmou. A prioridade será manter a base do elenco, com jogadores como Éverton Alemão, Ianson e Matheus Pivô.
Caso específico: Osman e Paulinho Mocelin
Sobre os jogadores criticados pela torcida, Rezini mostrou confiança. "Gosto muito do perfil do Paulinho Mocelin", declarou. Quanto a Osman, o clube busca um acordo, sem definição concreta sobre sua permanência.
Situação dos jogadores uruguaios
Os atletas Gonzalez, Pollero e Ocampo devem deixar o clube devido aos altos salários em dólar. "O Brusque está financeiramente atrapalhado", reconheceu Rezini.
Novo treinador
A contratação do próximo técnico está em análise. O diretor garantiu que a definição ocorrerá até a próxima semana, priorizando um profissional alinhado com as limitações orçamentárias do clube.
Futuro institucional
Um dos pontos mais sensíveis da entrevista foi a possibilidade de transformação em Sociedade Anônima de Futebol (SAF). Rezini foi taxativo: "Ninguém vai rifar o clube ou entregá-lo a qualquer um".
Reunião com patrocinador
Em encontro recente com Lucas Hang, da Havan, Rezini discutiu os desafios financeiros. "Não existe fórmula de tocar um clube com receita de um milhão por mês", argumentou, evidenciando as dificuldades do futebol brasileiro.
Conquistas recentes
Nos últimos cinco anos, o Brusque disputou cinco Copas do Brasil, quatro finais do Campeonato Catarinense, duas Séries C e três Séries B. "É quase um milagre o que fizemos", declarou Rezini, ressaltando o reconhecimento nacional conquistado pelo clube.