Joinville protagoniza cena polêmica

A Arena Joinville, palco de dois episódios nos últimos quatro meses que mancham o futebol brasileiro a 54 dias da realização da Copa do Mundo no País. Depois de ver a barbárie promovida por torcedores do Atlético-PR e do Vasco, no dia 8 de dezembro do ano passado, agora foi a vez dos joinvilenses acompanharem a suspensão da partida entre JEC e Portuguesa, válida pela primeira rodada daSérie B do Campeonato Brasileiro.
A polêmica começou na quinta-feira. Embasada por uma liminar conseguida pelo torcedor Renato de Britto Azevedo _ que teve sua ação aceita pela 3ª Vara Cível da Penha, em São Paulo _ a Portuguesa ameaçava não entrar em campo contra o JEC.
A justificativa era a recuperação do direito de disputar a Série A do Campeonato Brasileiro e a ação de Renato anulava o julgamento do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que tirou quatro pontos dos paulistas pela escalação irregular do meia Heverton, na última rodada, contra o Grêmio, e rebaixou a Lusa para a Série B.
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou na noite desta sexta-feira, após a confusão em Joinville, na qual a Portuguesa abandonou o gramado aos 17 minutos de jogo na primeira rodada da Série B, uma nota oficial sobre o caso.
A nota foi divulgada no Jornal Nacional, da TV Globo. Leia abaixo:
"O ato apresentado ao delegado do jogo não tem nenhum eficácia jurídica pois foi proferido por juíza incompetente e que descumpriu determinação do Superior Tribunal de Justiça, que decidiu que o juiz competente é a 2ª vara civil, da Barra da Tijuca, do Rio de Janeiro, que proferiu decisão contrária. A Portuguesa, apesar de advertida pelo juiz da partida, que deveria ter dado continuidade à partida, optou por não voltar, o que configura abandono de jogo ou WO, que será apreciado e julgado pelo STJD."
A Portuguesa ignorou liminar judicial e entrou em campo na primeira rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. No entanto, isso não foi suficiente para que o jogo contra o Joinville acontecesse. A decisão dos tribunais chegou às mãos do quarto árbitro, e o jogo desta sexta-feira foi interrompido aos 17min do primeiro tempo.
Com a situação, o árbitro Marcos André Gomes da Penha encerrou o confronto após mais de 30 minutos de paralisação. O juiz entregou a súmula em branco e afirmou que a CBF será responsável por decidir se a partida será disputada novamente ou se a Lusa perderá o jogo por WO.
"Fomos ameaçados pela Justiça. Fui obrigado a retirar o time de campo, mesmo contra a minha vontade. Enquanto a liminar não cair, o time não pode entrar em campo. Acatamos o que a Justiça determinou. Temos medo de um WO, mas não temos o que fazer", disse Ilídio Lico, presidente da Portuguesa.
FONTE /// G1