Pavan: 'tríplice aliança não resistirá'

Leonel Pavan, uma das lideranças do Partido Social da Democracia Brasileira (PSDB) em Santa Catarina, em entrevista à Rádio Cidade, tendo como tema as eleições de 2014, afirmou que em seu entendimento político a manutenção da tríplice aliança no estado dificilmente será mantida para as eleições deste ano. O motivo seria a insatisfação do PSDB com o apoio já anunciado pelo governador Raimundo Colombo à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), sendo que o candidato do PSDB para a presidência da República para este ano, Aécio Neves é quem deveria estar recebendo o total apoio da tríplice aliança em Santa Catarina.
Pavan reconhece que os partidos DEM, PSDB e PMDB foram vitoriosos nas gestões passadas desde o ex-governador Luis Henrique da Silveira até a última eleição com Raimundo Colombo, mas manter a tríplice aliança com esta condição de apoiar a reeleição de Dilma à Presidência da República se torna insustentável.
Leonel Pavan enfatiza que "o PSDB de Santa Catarina já tem seu candidato, é Aécio Neves, e não muda." Quanto à sua condição de concorrer ao governo de Santa Catarina neste ano, Pavan descarta tal possibilidade. O político se mostrou satisfeito com o resultado da última pesquisa Ibope divulgada no estado, em que seu nome aparece como um dos favoritos ao Senado. Para ele serão duas possibilidades, ou concorrer a senador, ou a deputado federal, situações nas quais, segundo ele, seu nome está à disposição do partido.
Em relação a possíveis coligações, caso se confirme o fim da tríplice aliança em Santa Catarina, Pavan disse que no estado já se trabalha com quatro possíveis nomes ao governo: Claúdio Vignatti (PT), Raimundo Colombo (PSD), Paulo Bauer (PSDB) e Afrânio Bopré (PSOL). "O PSDB já tem mantido conversações com vários partidos, mas nada está definido. Até o momento são apenas cogitações" disse Pavan.
O que é concreto de acordo com Pavan para as eleições deste ano é que o PMDB, que ainda não definiu sua posição em Santa Catarina, o DEM e o próprio PP são partidos fortes e que também buscam conversações para formar coligações fortes no estado para a disputa eleitoral em outubro.