Sem greve, por ora
O coordenador regional do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte), Agenor Leal, esteve na assembleia estadual do magistério que aconteceu na tarde de ontem, terça-feira (15), em Florianópolis. Leal informou que cerca de dois mil professores estiveram presentes e decidiram em não realizar a greve da categoria, ao menos por enquanto. Mas o Sinte continuará sua campanha no estado, revelando aos catarinenses o descaso do governo para com a educação, segundo ele.
A falta de incentivo a categoria, de acordo com Leal, faz com que cada vez mais Santa Catarina se afaste no ranking nacional de um ensino de referência e com qualidade. O achatamento salarial só desmotiva e não incentiva e, assim, os mais prejudicados com esta condição do professor estadual são os alunos que se deparam muitas vezes em salas de aula com um professor desmotivado pelo baixo salário e a desvalorização profissional ao governo não descompactar a tabela, frisa o representante do Sinte.
Vários são os professores que desistem da carreira. O governo até contrata outros profissionais, afirma Leal, mas, às vezes, não com a mesma qualificação profissional e tais fatos têm contribuído para que cada vez mais os alunos da rede estadual não consigam ter um ensino de excelência.
Agenor Leal disse que, ao final da assembleia estadual, um grupo de professores se dirigiu para a Assembleia Legislativa, onde os deputados da base governista debandaram para não votar a Medida Provisória de reajuste do magistério, conforme a proposta de parcelamento do governo. A MP, prevista desde a semana passada para ser votada na data de ontem, terça-feira, foi retirada da pauta, devendo retornar para votação nesta quarta-feira (16).