Valor da obra aumenta prazo para entrega da ETA Cristalina

A Samae vem sendo questionada por parte da população de Brusque sobre a entrega de obras e melhorias de qualidade no serviço. Em meio à turbulência política vivida no mês de maio, o diretor-presidente da autarquia, Rodrigo Cesari, assumiu o comando.
Cesari foi o entrevistado do programa “Rádio Revista Cidade”, da Rádio Cidade, na manhã desta segunda-feira (5). A equipe de jornalismo o questionou sobre as principais demandas da população. Sobre a troca no comando do Executivo brusquense, o diretor disse não ter refletido no trabalho da Samae.
“No Samae, não teve nenhuma grande alteração. Quando o prefeito André entrou, ele assumiu o compromisso de fazer poucas alterações no sentido de dar continuidade do processo de trabalho que já vinha sendo feito”, declarou Rodrigo.
Uma das principais obras prometidas pela autarquia é a ETA (Estação de Tratamento de Água) do bairro Cristalina. A construção da estação é tratada como prioridade.
“A gente sabe que a solução pro município é a ETA da Cristalina. Ela não vai ficar pronta da noite pro dia. Temos a possibilidade de modificar a forma de construção, mas para estar operando, segundo o cronograma, de quatro a cinco anos. Até lá não podemos deixar o povo sem água”, explicou ele.
Sobre o atraso das construções, Rodrigo Cesari disse que o preço aumentou em torno de 50% em relação ao inicial, bem como a forma de financiamento da obra deve ser feito de forma diferente ao pré-definido.
“A ETA da Cristalina era pra ser feira com o financiamento do FONPLATA (Fundo Financeiro para Desenvolvimento da Bacia do Prata), estamos revendo essa possibilidade, até pelo valor que havíamos orçado, cerca de R$ 63 milhões, e já está em R$ 95 milhões. Por isso é praticamente inviável usar o dinheiro do FONPLATA, porque vai limitar outras ações já projetadas. Estamos partindo pra outra modalidade, em formato de leasing (Prefeitura arrenda da iniciativa privada)”.
Na questão da distribuição da água para os bairros, o diretor declarou que o trabalho de ampliação das ligações segue sendo realizado, bem como a entrega de duas novas ETAs, que terão capacidade de entrega de 20L/s, até o próximo verão.
“Estudamos algumas ações e temos capacidade financeira para realizar essa solução. A princípio, iríamos fazer três ETAs (Zantão, Águas Claras e Volta Grande), mas julgamos necessário implementar apenas duas (Zantão e Águas Claras), para monitorar e avaliar a implementação na Volta Grande”.
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