Coluna de jornal que imputa apologia ao nazismo em Santa Catarina vira tema de debate
A confusão em reportagem da Folha de São Paulo com o sobrenome Heil e a conhecida e repelida saudação nazista repercutiu na sessão de terça-feira (23) da Assembleia Legislativa.
Sargento Lima (PL) criticou matéria publicada pela Folha que interpretou a palavra “Heil” escrita com telhas brancas em telhados de casas do município de Urubici como uma exaltação ao nazismo, quando na verdade é apenas o sobrenome de uma família que tem casas de temporada e usa a palavra “Heil” como propaganda.
“A senhora estava no estado mais seguro do país, por isso a senhora escolheu visitar o nosso estado, fazendo um desfavor ao povo ordeiro e pacífico de Santa Catarina”, declarou Lima, acrescentando que membros da Bancada do Partido Liberal acionaram o Ministério Público (MPSC) para apurar a responsabilidade do jornal e da articulista que assinou a matéria.
Gerri Consoli (PSD) e Maurício Peixer (PL) apoiaram Lima.
“Em palestra que fiz fora do estado fui indagado da cultura do nazismo em Santa Catarina”, registrou Consoli, que negou enfaticamente a existência dessa cultura, apesar de em seguida lembrar do caso de uma piscina com o desenho da suástica no fundo e que foi alvo de ação do MPSC.
“Foi em Urubici, uma cidade ordeira, turística, uma cidade maravilhosa, e daí vem uma pessoa desqualificada, utilizando um diário nacional para falar tamanha besteira. Veio com olhos de urubu e cometeu essa injúria direta contra os catarinenses e contra a família Heil. Ela que não venha mais para cá, nós ficaremos muito felizes com essa atitude dela”, registrou Peixer.