Indicativo de greve pode ser aprovado

O coordenador regional do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina, (Sinte), Agenor Leal, afirmou nesta segunda-feira (17) que o governo estadual não convenceu a categoria com o anúncio da última proposta feita via Secretaria de Estado da Educação (SED) na quinta-feira (13). A proposta foi de antecipar o percentual do reajuste de 8,32%, parcelado em três vezes e que, inicialmente, a última parcela de 4,5% repassada aos professores somente no mês de dezembro para o mês de setembro não é convincente.
Leal disse que o Sinte já realizou várias reuniões e o descontentamento dos professores é muito grande em Santa Catarina. A categoria está, segundo ele, coesa de que se não houver a descompactação da tabela, o indicativo de greve poderá ser aprovado na assembleia estadual desta terça-feira (18), em Florianópolis. Ao contrário do que o governo do estado tem afirmado, de que o Sinte não tem uma proposta, o coordenador regional afirma que o sindicato rebate o contrário e que a SED está ciente disto. A proposta do sindicato é clara, segundo Leal: a categoria deseja que o índice de reajuste de 8,32% seja pago retroativo ao mês de janeiro e na carreira.
Na assembleia desta terça-feira (18), os sindicalistas divulgarão à população catarinense a política de desvalorização e descaso com o serviço público aplicada pelo estado, como escolas sem estrutura, salas de aula, lotadas, falta de vagas para o ensino médio, merenda escolar de qualidade duvidosa e a violência nas escolas.
Agenor Leal citou um fato que ocorreu na cidade de Tijucas e que, devido às condições precárias em sua estrutura, a Escola de Educação Básica Alexandre Ternes Filho foi interditada pelos bombeiros.
O coordenador regional do Sinte disse, ainda, que, em caso da assembleia desta terça-feira aprovar pelo indicativo de greve, a paralisação dos professores estaduais não irá iniciar imediatamente. Outras reuniões em âmbito regional irão ocorrer, até que seja definido uma data para o início da greve estadual.