Corantes, amaciantes, soda cáustica e mais uma variedade de produtos consumidos, na época e atualmente, por produtores das indústrias têxteis. Foi o que deu início às atividades da Quimisa, em 27 de agosto de 1959.
Seu primeiro nome foi Comercial Santa Catarina, sendo fundada por Ary Arnoldo Wehmuth, pai do atual diretor comercial da empresa, Amilcar Arnoldo Wehmuth, o Chico, e mais dois amigos. A dificuldade de transporte de produtos químicos, principalmente de São Paulo para a nossa região de Santa Catarina, era muito grande e demorada. Então, meu pai resolveu colocar uma empresa que fizesse a distribuição de produtos químicos, principalmente para indústrias têxteis, explica Chico. Mais tarde, ela se tornou a Química Industrial e Comercial Santa Catarina e, hoje, a Quimisa S.A.
Os primeiros corantes que foram trazidos do Japão, da Mitsui, eram distribuídos para as indústrias em Brusque. Ela foi crescendo, veio com a distribuição de multinacionais fortíssimas, como a Dow Química S.A, uma norte-americana, a Basf S.A, uma empresa alemã. Teve uma série de outras empresas que nós hoje fazemos a distribuição, quase que com exclusividade, para a nossa região.
Hoje, segundo Chico, a Quimisa atua em todo o território nacional, além de alguns países da América do Sul. Porém, o principal mercado ainda é o Sul do Brasil. Nós temos a matriz em Brusque, uma filial em Sapucaia do Sul (RS), uma em Nova Esperança (PR), um escritório de representação em Curitiba (PR) e uma filial em Jandira (SP), conta o empresário.
O mercado fora do país se concentra na Argentina, Paraguai, Uruguai, na Colômbia e um pouco no Peru. O comércio europeu é fornecedor nosso como o do Oriente, também, são fornecedores que, através de contato deles para nós e de nós para eles, começou a ter esse entrelaçamento.
A Quimisa, hoje, fabrica produtos químicos para revendas, têxtil e tratamento de água. Soda cáustica, peróxido, bicarbonato, carbonato, barrilha, corantes e produtos auxiliares que fazem o acabamento de tecidos e fios, como amaciantes, detergentes e suavizantes. Em todos os segmentos, onde há consumo de produtos químicos, a Quimisa atua.
A venda pode ser feita para qualquer cliente que chegue até a empresa, porém, a análise de balanço deve ser aprovada internamente, algo que é bem rigoroso. Nos produtos, nós damos total garantia. Estamos dando uma ênfase muito forte na segurança de manuseio, para que não haja risco para nenhum dos usuários.
A empresa, no segmento de produtos químicos, é a maior de Santa Catarina e, de acordo com Amilcar, o segredo do sucesso é o atendimento correto, com honestidade e garantia de produtos com qualidade. O diferencial da Quimisa é o transporte e o sistema de entrega, nós temos uma transportadora própria com quase 50 caminhões, que fazem as entregas quase que instantaneamente. O pedido entra e em menos de 24h. O cliente está recebendo, se caso for mais longe, em dois ou três dias o produto é entregue.
O produto mais pedido é a soda cáustica, sendo quase quatro mil toneladas vendidas por mês. Para todo o tipo de cliente, pois ela é consumida em todos os segmentos das indústrias, como bebidas, alimentícios, têxtil, tratamento de água e de efluentes, explica Chico Wehmut.
No ano de 2013, a meta de faturamento foi superada em cerca de 18%. Foi em torno de R$ 240 milhões, em todos os segmentos, juntando todas as filiais. Em 2014, a intenção é crescer, no mínimo, 5% mais que isso. Em todas as unidades, a Quimisa soma cerca de 300 funcionários.
Quando questionado sobre os produtos vindos de outros lugares que, muitas vezes, acabam afetando a economia brasileira por oferecerem preço mais barato, Chico Wehmut diz que isso é algo que não afeta, pois os preços de produtos químicos são mais competitivos que os nacionais. O que compete no comércio brasileiro são os produtos finais, como tecidos prontos e calçados. Pois a nossa mão de obra é cara aqui, finaliza.
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