(Vídeo) Paixão por rádios faz brusquense aprender a restaurar peças quase centenárias

Rádios de diferentes épocas se multiplicam nas prateleiras da casa de um morador do bairro Limeira. A coleção começou há quatro anos e, hoje, são cerca de 90, de diferentes nacionalidades como Alemanha ou Holanda, a grande maioria dos rádios é das décadas de 1930 e 1940, opera com o uso de válvulas e está em pleno funcionamento.
A pedido do entrevistado, ele não será identificado neste conteúdo. O gosto pelo rádio, segundo ele, já era antigo, muito por conta do gosto da família pelos aparelhos. A coleção conta com algumas raridades como modelos usados em viagens com navios ou adaptados com o uso de baterias de seis volts. “Tenho gosto e tenho medo que acabem indo para o lixo. Para evitar que se acabem, eu recupero”.
Para chegar ao acervo, ele tem a internet como principal aliada. São em grupos voltados para amantes do gênero que ele e a esposa fazem as principais buscas. Também é pela rede que eles buscam e compram os esquemas usados para as manutenções. “A engenharia deles é incrível. Principalmente esses rádios alemães, aí a engenharia deles é apaixonante”, descreve.
Além do garimpo virtual, também foi preciso criar uma rede fornecedores para repor desde válvulas até peças de acabamento, como tecidos de época, chapas de madeira específicas para cada modelo. O hobby também exigiu investimentos em ferramentas e equipamentos para medição e manutenção.
Apesar de muitas das peças serem das 1930 ou 1940 é quase impossível perceber qualquer avaria. Mesmo as unidades que chegam em estado mais precário passam por um trabalho de restauração pelas mãos da família. De acordo com ele, a tendência é que a coleção continue aumentando.