Na sessão desta terça-feira (11) da Câmara Municipal de Brusque, o vereador Ivan Martins ( PSD) leu decisão judicial que anula as rejeições de contas do ex-prefeito Ciro Roza (PSD), votadas em 2010. A decisão é da juíza Iolanda Volkman, da comarca de Brusque. Ela teria aceitado argumento da defesa de Roza de que ele não teria sido intimado e tido assim direito de se defender na ocasião.

A decisão foi deferida, segundo Martins, na segunda-feira (11). No documento, a magistrada concorda que o Legislativo deveria ter intimado Roza a prestar esclarecimentos, dando, assim, chance de que pudesse se defender. Para Martins, se isso tivesse ocorrido, a situação poderia ter sido outra. Inclusive com a mudança de opinião de alguns vereadores à época.

“O que não foi ouvido naquela oportunidade por vereadores que conversamos hoje está aí o resultado: o Judiciário anulando toda a votação da Câmara. Todas as contas do ex-prefeito voltaram ao que era novamente. Logicamente, o único que não pode ser candidato hoje, que sempre se intitulou ficha limpa, é o prefeito atual. Pergunto aos senhores: quem é o ficha suja e quem é o ficha limpa nessa história?”, provocou na tribuna.

Valmir Ludvig (PT) disse que Roza teve todo direito e oportunidade de se defender, mas não fez. E disse que a oposição está apenas “requentando” o assunto. “A análise do tribunal de Contas foi pela rejeição das contas. E ele teve toda essa oportunidade de se defender”, frisou.

Celso Carlos Emydio da Silva (PSD), que era presidente da casa na época da votação dos pareceres emitidos pelo tribunal de Contas do Estado (TCE), defendeu a atuação do Legislativo sobre o assunto na ocasião. “A Câmara tentou fazer a coisa de forma extremamente correta, embasada em sua assessoria jurídica”, disse ele.