A diretoria da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Brusque, bem como as equipes de profissionais que atuam na Clínica de Terapia Integrada Unidunitê, passaram a adotar novas medidas para a realização do exame do Teste do Pezinho.
A entidade, que há 25 anos realiza o teste de forma gratuita para a população de Brusque e região passou a enviar as coletas dos exames para o Laboratório da Apae de São Paulo. A medida precisou ser tomada devido à demora no recebimento dos resultados dos exames que há 24 anos eram realizados, de forma gratuita, pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen/SC).
Com isso, o exame passou a ter o custo, de R$ 50, para que o exame seja feito e enviado ao laboratório no estado paulista. “Queremos reforçar que a coleta que é feita há 25 anos pela Unidunitê continua sendo gratuita. Esse valor cobrado agora é apenas para cobrir as despesas do laboratório e envio desses testes, ou seja, esse valor não é destinado para a Apae, mas sim para os custeios desses exames. E essa foi a alternativa que encontramos para que os testes sejam feitos dentro do prazo recomendado”, ressalta o vice-presidente da Apae de Brusque, Márcio Belli.
Em torno de 500 testes que foram feitos pela clínica, desde o mês de dezembro, ainda estão em aguardo de alguns resultados. Desses, algumas doenças já foram diagnosticadas e as crianças receberam os devidos encaminhamentos, entretanto alguns testes ainda estão pendentes no Lacen e não foram liberados. “Como são verificadas sete doenças, todas elas precisam ser investigadas. Ou seja, mesmo se duas ou três já têm o resultado, ele não é liberado pela falta das outras”, comenta a coordenadora da Unidunitê, Valdete Batisti Archer.
O Teste do Pezinho investiga doenças infecciosas, metabólicas e genéticas que se não forem tratadas no período correto, com o diagnóstico já nos primeiros dias de vida, pode levar à morte. De acordo com a entidade, a informação passada pelo Lacen é de que a unidade de análise estadual está com a falta de insumos necessários para processar os exames. Assim, os testes enviados pelas unidades de coletas, de todo o estado, não apenas pela Unidunitê, ficaram acumulados no laboratório central.