Procon é o primeiro da lista?

Ao que tudo indica, a votação do projeto de adesão de Brusque ao Cimvi na última terça-feira (18) da Câmara Municipal de Brusque está tendo seus reflexos. O diretor do Procon, Fabio Roberto de Souza, anunciou nesta quinta-feira (20) sua saída do comando do órgão. Fábio é integrante do Partido da República (PR), legenda da base de apoio ao governo e que cujo vereador, Alessandro Simas, votou contra a proposta de autoria do Executivo.
A Rádio Cidade tentou contato com Souza no início da tarde, mas ele estava reunido justamente com o vereador Simas. Entretanto, em sua página no Facebook, Souza confirma que deixou a direção do Procon não por decisão sua, mas por uma determinação em razão das últimas discussões no Legislativo brusquense.
A reportagem tentou ainda contato com os outros vereadores que integram a base do governo e que naquela ocasião também votaram contra a proposta (Guilherme Marchewsky (PMDB), Jean Pirola (PP) e André Rezini (PPS). Pirola e Marchewky não atenderam as ligações e o celular de André Rezin caiu na caixa postal.
Em contato com a Rádio Cidade, Simas disse que iria primeiro conversar com Fábio e sua equipe no Procon para falar a respeito do caso publicamente.
Pela manhã, a reportagem da Rádio Cidade apurou que reuniões aconteceriam durante todo o dia entre o Executivo e os partidos que integram a base de apoio na Câmara. A primeira delas seria justamente com o PR.
Na última terça-feira, o governo foi derrotado no Legislativo ao tentar aprovar o projeto de lei complementar nº 11/2013. A proposta disciplina a participação do município de Brusque no Consórcio Intermunicipal do Médio Vale do Itajaí (Cimvi), autorizando a adesão ao protocolo de intenções, ao contrato do consórcio público e ao estatuto, instituindo o consórcio público como entidade autárquica interfederativa no âmbito da administração indireta do município.
Instituída a participação de Brusque, o município passaria a contar co o apoio do Consórcio para ações nas áreas de saneamento básico, cultura, esporte, turismo, gestão ambiental e de recursos naturais, apoio à infraestrutura, desenvolvimento institucional, escola de governo ou estabelecimento, congênere, transporte coletivo ou individual de passageiros, defesa do consumidor e Casa da Cidadania, além de tenção à sanidade agropecuária, conforme o projeto.
Em contrapartida, a Prefeitura teria de arcar com valores para auxiliar na manutenção da Consórcio. Item que, segundo os vereadores que votaram contra, seria prejudicial ao município. Por outro lado, a base do governo, através de seus representantes, alegava que a adesão beneficiaria o município principalmente na obtenção de recursos junto à esfera federal.
O projeto foi rejeitado por nove votos contra seis. Além dos cinco da oposição (Ivan Martins (PSD), Celso Emydio da Silva (PSD), Moacir Giraldi (PT do B), Roberto Prudêncio (PSD) e Dejair Machado (PSD)), também votaram contra quatro vereadores da base do governo (Alessandro Simas (PR), André Rezini (PPS), Jean Pirola (PP) e Guilherme Marchewsky (PMDB)).
Antes da reunião de terça-feira e ao longo da semana, rumores de bastidopres davam conta de que haveria resposta do Executivo em relação aos partidos que votaram contra a proposta.