Três meses atrás, as cenas da queda da ponte Prefeito Antônio Heil, na rua Ernesto Bianchini, bairro Guarani, chocavam Brusque e região. Era 9 de junho de 2021 e a segunda estrutura a sofrer este tipo de dano na cidade em pouco mais de um mês (em 21 de abril  a cabeceira da Ponte do Santos Dumont havia caído).

Desde lá, moradores e comerciantes do entorno precisaram se adaptar à nova realidade. Além da mudança de rotina, Jovino Cesari, que mora há 33 anos nas proximidades da ponte, destaca o impacto que a falta dela trouxe para o movimento no local.

“Afetou muito quem mora aqui, principalmente o comércio. Se tivesse a ponte, seria bem melhor, né?”, comenta.

A constatação do morador é reforçada pelo comerciante Marcelo Prange, dono de um petshop. Pelas estimativas do empresário, as vendas, desde a queda da ponte, reduziram, pelo menos, 40%. O principal motivo, como avalia, é em decorrência da falta de novos clientes.

“Todo o comércio ao redor da ponte sentiu. Nem tanto os fornecedores, também, mas mais os clientes, que passavam por aqui e, agora, passam pelo desvio, não passam na frente”.

Maiara Guareze trabalha em uma floricultura e jardinagem, e reforça a estima apresentada por Prange. No caso deles, o movimento na loja caiu pela metade como reflexo do menor fluxo de pessoas pelo entorno.

Os danos econômicos, ressalta, foram ainda maiores no caso de algumas empresas do bairro. Por uma infeliz coincidência, a queda da ponte veio em na proximidade de uma das principais datas comemorativas para o setor que atua.

Nesta segunda-feira (6), o governo estadual publicou uma portaria assegurando mais de R$ 1,2 milhão para a reconstrução da estrutura. Não há prazo para que a obra, de fato, seja finalizada. Nesta quinta-feira (9), em entrevista ao programa Rádio Revista Cidade, da Rádio Cidade, o prefeito Ari Vequi disse que a publicação da portarias dá condições para a Prefeitura cobre a agilidade na libertação do recurso.

“Esse processo já estava pronto há muito tempo e não saia a divulgação no Diário Oficial, que é o que faz com que, agora, possamos contratar a empresa. Ontem, a primeira reunião que tive na Prefeitura foi com a Procuradoria, a licitação e o departamento de engenharia para contratar essa obra”, frisou ele.

A ideia é fazer via dispensa de licitação, o que fará com que a obra seja agilizada.