Ela está de volta e totalmemte reformulada

Daqui a exatamente um mês, Brusque volta a viver as emoções de um dos eventos mais tradicionais da região. A 20ª Festa Nacional da Farinha volta com tudo, depois de um ano sem ser realizada. O evento acontecerá no dias 8, 9 e 10 de abril no Sítio Vó Rosa, no bairro Limeira Alta, em Brusque.
Serão três dias e noites de muita festa e animação. Várias atrações musicais já estão confirmadas, além dos pratos típicos que fizeram a história da festa. Como o famoso pirão com linguiça, acompanhado de ovo frito e repolho refogado, prato que se tornou característico e leva milhares de pessoas durante os dias de almoço na festa.
Em relação às atrações musicais, este ano o repertório estará bastante variado. Dez atrações já estão confirmadas, reunindo artistas que vão desde o sertanejo raiz, passando pelo estilo universitário à música gauchesca. São elas: Gaitaço Fandangueiro, Zé Marcos e Gustavo, Ivonir Machado, Rguan e Andrey, Tony e Flávio, Cia da Vaneira, Fabio Dunk, Téo Abreu, Adilson Scalvim, Caio Cesar e Tabony e Candireiro.
As atrações são somente uma ponta do que o público vai encontrar nesta edição do evento. A 20ª Festa Nacional da Farinha retorna com cara nova, totalmente remodelada e com nova identidade visual.
SOBRE A FESTA E SUA HISTÓRIA
A Festa Nacional da Farinha teve sua primeira edição em 1995. Foi quando filhos e netos de Vó Rosa Dalágo, matriarca da família que viveu na região por muitos anos, resolveram trabalhar no sítio e resgatar as tradições da família. Com a restauração de espaços com engenhos, eles deram início à fabricação de mandioca e, com isso, surgiu a ideia de realizar o evento. Um destes engenhos ainda existe no local e é, também, um dos atrativos da festa.
A fabricação de farinha de mandioca de artesanal foi o que moveu a família por muitas décadas. Tudo remonta ao século XIX, quando as famílias Dalágo e Benvenutti se instalaram na região hoje conhecida como Limeira Alta. Elas eram oriundas da região de Trento, na Itália.
Com habilidades no ramo de carpintaria e cultivo da terra, as duas famílias se uniram, ganhando notoriedade e força junto à população da região. A construção de granes engenhos foi uma das marcas. No início do século XX havia em torno de 25 engenhos, com produção em grande escala e exportada até para a Europa. Situação que mudou nos anos 1980, quando a produção industrial ganhou força e sepultou a chance de os engenhos competirem com igual força.
Com isso, os novos integrantes da família resolveram buscar colocações na área rural. O nascimento da Fenarinha acontece justamente quando eles resolvem voltar às raízes e tentar reconstruir as tradições familiares.
A primeira Festa nacional da farinha foi realizada em abril de 1995. Daí em diante foram 19 anos ininterruptos. Em 2014, a família anunciou que não realizaria mais o evento. Em 2016, a Fenarinha voltou, sob nova organização e com muito mais força.