Dois moradores do Bairro Batêas, identificados apenas pelos primeiros nomes, Carlos e Elvira, entraram em contato com a Rádio Cidade para relatar que os peixes do Ribeirão Batêas estavam aparecendo mortos nesta ocasião e que muitos deles ainda agonizavam como se estivessem com falta de oxigênio.Eles relataram que o problema já é constatado há alguns meses e que em outras ocasiões foram vistos peixes adultos, de um a dois quilos, que morreram no ribeirão sem que as causas fossem conhecidas.
Nesta manhã, a reportagem constatou a morte de peixes de pequeno porte, como lambaris a bagres. Além do mau cheiro, eles lamentam que a morte pode ter sido causada por conta do lançamento de efluentes nas águas, o que pode prejudicar as famílias ribeirinhas.
Eles disseram que a Fundema (Fundação Municipal do Meio Ambiente) tinha sido avisada, foi ao local, recolheu amostra dos peixinhos mortos, mas não coletou água para a análise. Eles suspeitam que empresas estejam descartando algum produto no riacho e causando a morte dos peixes.
FUNDEMA RESPONDE
Em contato com o superintendente da Fundema, Diego Furtado, ele confirmou que uma equipe do órgão esteve naquela região verificando o problema e descartou a possibilidade do problema estar sendo causado pelo lançamento de efluentes no ribeirão. Furtado levantou a possibilidade dos esgotos caseiros canalizados para o riacho, associado ao forte calor, ser o causador da morte dos peixes.
O superintendente da Fundema disse que vai pesquisar para encontrar um laboratório que possa analisar os peixes e verificar a causa da morte, mas que no momento não há uma conclusão sobre o assunto, confirmando apenas que descarta a possibilidade da contaminação estar sendo causada por empresas instaladas naquele bairro.