Classe empresarial analisa reflexos do horário de verão

A discussão sobre um possível retorno do horário de verão divide opiniões entre a classe empresarial brusquense. Se, por um lado, alguns defender a volta por por conta de uma possível economia e reflexo positivo no comércio, também há quem alegue que os benefícios são pequenos para ter resultados significativos.
Instituído ainda na década de 1930, o horário de verão vigorou até o ano de 2019. Nele um decreto do presidente Jair Bolsonaro extinguiu a mudança, alegando pouca economia e possíveis efeitos no relógio biológico.
Entre a classe empresarial, nomes como o empresário Luciano Hang saíram em defesa do retorno da medida pelas redes sociais, ainda em julho. O posicionamento dividiu a audiência. Um mês antes, entidades catarinenses ligadas ao turismo terem encaminhado um pedido para que o fim do horário de verão fosse revisto.
No caso de entidades brusquenses, como a Associação Empresarial (Acibr), como comenta a presidente da entidade, Rita Cassia Conti, o posicionamento é favorável ao retorno, apesar de reconhecer ser um tema classificado como “polêmico”.
Segundo ela, o posicionamento segue a postura adotada pelas federações empresariais do estado. Outro ponto levado em consideração, de acordo com a dirigente é a necessidade de economia de energia. “Muitas pessoas que gostam, outras que acham muito cedo, porém, como nós temos um problema de energia, com a questão energética também é favorável ao horário de verão”.
Já para setores como o da construção civil, o presidente do Sindicato da Indústria da Construção e do Mobiliário (Sinduscon), Fernando de Oliveira, acredita que a mudança tem pouco impacto positivo. Na construção civil, segundo ele, a alteração de horário não faz diferença na atuação do setor, já que o total de horas trabalhadas acaba sendo o mesmo.
De acordo com ele, uma possível economia também não é percebida no setor. “Em questão de economia de energia, o que os últimos anos têm mostrado é que, realmente o horário de verão não propicia uma economia tão significante a ponto de justificar o horário de verão.”