Após um ano, projetos esperam para ser votados

Há exatamente um ano, o mundo assistia incrédulo a interrupção da vida de 242 jovens na tragédia incomensurável que foi o incêndio na Boate Kiss, na cidade gaúcha de Santa Maria. Tudo começara com apenas uma fagulha vinda de um artefato pirotécnico, o que acarretou num incêndio nas espumas da casa de shows, durante a apresentação da Banda Gurizada Fandangueira, naquela madrugada.
Asfixia foi a principal causa das mais de duas centenas de mortes. O que se viu a seguir foram cenas terríveis de corpos perfilados num ginásio da cidade, a espera dos pais, além de uma sinfonia macabra de celulares tocando em meio aos cadáveres. Ligações de mães, pais, amigos, entre outros que, esperançosos, tentavam ,sem parar, manter contato com seus queridos em busca de notícias. A boate não tinha alvará, sequer saída de emergência. Além dos mortos, mais de 600 pessoas ficaram feridas.
Após a tragédia, vários projetos de lei foram criados para regulamentar o funcionamento de estabelecimentos como a Boate Kiss. E após doze meses o congresso nacional combateu, sem avanços, esta nova legislação. O projeto deve ser, enfim, votado, em meados de fevereiro. Dentre outras atribuições o projeto pretende responsabilizar bombeiros e agentes públicos na fiscalização das casas noturnas. A superlotação deverá ser crime e as comandas serão proibidas.
Uma série de homenagens ocorrerá nesta segunda-feira (27) na Universidade Federal de Santa Maria. Uma delas é o plantio de uma árvore frutífera em homenagem as vítimas.