Ao iniciar o ano, as festas começam a ter fim, as responsabilidades e a rotina vêm à tona. Uma delas, para os pais e mães, é a compra do material escolar, uma preocupação que tem marca, quantidade e preço. Às vezes, bem mais caro que o imaginado.
Em Brusque, a Rádio Cidade foi a campo verificar a diferença de preços entre os produtos de duas listas escolares, uma do ensino fundamental e outra do médio. Foram pesquisados itens em quatro lugares diferentes, estabelecimentos comerciais onde se concentram as maiores procuras por parte dos consumidores. O objetivo é mostrar que, se o consumidor não fizer uma boa pesquisa, vai acabar sentindo o peso no bolso.
As duas listas, do ensino fundamental e do médio, possuem 25 e 28 itens, respectivamente. Em um dos estabelecimentos, dos 28 e 25 itens, dez deles não foram encontrados nas prateleiras.
Um dos produtos que foi mais notável a diferença de preço entre as lojas é a caixa de lápis de cor, especificada com 24 cores. Em outra loja, a reportagem encontrou a maior diferença de preço em relação aos demais locais: aproximadamente R$ 16 mais caro. Ali, a caixa com 24 lápis mais em conta era de R$10,30 e o mais caro de R$ 52,60.
Já outro estabelecimento, quando se trata de canetas, apresentou o menor preço, com R$0,81 a unidade de maior preço e R$ 0,65 a mais barata.
Na lista que a reportagem da Rádio Cidade tinha em mãos, solicitava o ábaco, uma espécie de calculadora manual que, normalmente, é utilizada para os 1º e 2º anos do ensino fundamental, item somente é disponibilizada para venda em um dos estabelecimentos pesquisados.
Segundo o professor de Economia da Uniasselvi/Assevim, Arilson Fagundes, a melhor forma de comprar o material escolar nesta época do ano é pesquisar e ter discernimento.
O que faz ter o acréscimo no preço dos produtos de um ano para o outro é a inflação, que, de acordo com ele, chegou a quase 6% no ano passado, e isso pode crescer ou não de um ano para o outro. Da mesma forma que aumenta o salário, aumenta o preço de alguns produtos.
Para fazer uma economia, ele explica que é necessário entender o que está pedindo na lista. Analisar se vai ser usado tudo aquilo, muitas vezes vendo que o mesmo foi pouco utilizado no ano anterior. Ter um discernimento da lista. Para ele, na hora da compra é necessário colocar tudo na ponta do lápis, desde o produto ao deslocamento de cada loja da cidade.
Ao finalizar, o professor de economia aconselha os pais tentarem se reunir na hora da compra, ou seja, juntar dois, três pais para uma compra coletiva, e tentar negociar com o fornecedor.
Confira nas fotos a lista com os valores de cada item pesquisado pela reportagem e compare a diferença de preços.
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