A Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) lançou sexta-feira (18) a publicação Santa Catarina em Dados 2009, um anuário com estatísticas sobre a economia do Estado abrangendo a agropecuária, a indústria, o comércio e o setor de serviços. Entre os indicadores presentes estão a soma das exportações em 2008, que atingiram a cifra de US$ 8,25 bilhões, valor 11,8% maior que o registrado em 2007. O número representa 4,2% do total exportado pelo Brasil, nono estado no ranking nacional.

Do total exportado, a indústria responde por US$ 5 bilhões.  Entre os segmentos que mais contribuíram para este resultado estão alimentos e bebidas, responsável por 38,3% dos embarques, seguido por de máquinas e equipamentos (15,1%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (9,7%), fumo manufaturado (8,3%), madeira (6,1%), mobiliário (4%), têxtil e vestuário (3,2%), autopeças (3%), metalurgia e produtos de metal (2,7%), celulose e papel (2,5%) e cerâmica (2,3%).

O crescimento dos embarques do Estado em 2008 ficou abaixo da média nacional, que foi de 23,2%, e as importações apresentaram alta de 59% em relação ao ano anterior, crescimento acima da média nacional, que foi em 43,5%. O saldo da balança comercial, embora tenha fechado positivo em US$ 304,5 milhões, é o menor valor dos últimos dez anos.

Os embarques em 2008 tiveram alta de 3,1% em relação a 2007. As exportações para o Mercosul cresceram 17%, puxadas principalmente pelo Paraguai e Uruguai. Para a União Européia a alta foi de 9%, para os Tigres Asiáticos 0,07% e para o Nafta houve decréscimo de 10%. A alta dos embarques para os países que não fazem parte de blocos econômicos foi de 28,2%.

O crescimento das importações catarinenses do Mercosul foi de 32,1% em 2008. Da União Européia, a alta foi de 45,2%, do Nafta, 59,1%, dos Tigres Asiáticos 43,7%, e dos demais países que não integram os blocos 75,7%.

A produção industrial de 2008 teve queda de 0,65%, em relação ao ano anterior, enquanto o dado nacional apresentou crescimento de 3,1%. Nos últimos quatro anos, o Estado vem crescendo menos que a média brasileira. A utilização da capacidade instalada da indústria do Estado passou de 83,8% em 2007 para 83,5% em 2008, número acima da média nacional que registrou 82,1%.

Em relação ao emprego, a indústria catarinense de transformação é responsável por 575 mil vagas dos 1.777 mil empregos formais registrados no Estado. A construção civil responde por 75.901 vagas e as indústrias extrativas por 7.711 empregos. Em 2008, a participação da indústria de transformação na geração de emprego foi de 20%, a construção civil 13%, o setor de serviços 36%, o comércio 26%, a administração pública 3% e outros 2%.

A arrecadação de ICMS em 2008 cresceu 15,1%, para R$ 7,84 bilhões. A indústria da transformação contribuiu com 26,6%, o comércio atacadista 26,9%, o comércio varejista 21,2%, o setor de serviços com 24,9% e outros 0,4%. A arrecadação de impostos federais também cresceu. O salto foi de 25,1% em 2008, somando R$13,44 bilhões.

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