Uma coletiva de imprensa vai acontecer nesta segunda-feira, dia 5, às 10h, para apresentar as estratégias para a correção do erro histórico cometido contra Santa Catarina pelo Congresso Nacional e a Presidência da República com a aprovação e sanção da lei federal nº. 13.617/2018.

O evento acontece no Auditório da Casa José Boiteux (sede do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina – IHGSC), em Florianópolis. A definição foi encaminhada no início desta semana após uma reunião do historiador Paulo Vendelino Kons com todos os interessados.

Estão confirmados nesta coletiva os presidentes do IHGSC, Fórum Parlamentar Catarinense (reúne todos os representantes catarinenses no Congresso Nacional, com a participação já confirmada do coordenador do Fórum Deputado Federal João Paulo Kleinübing, do Senador Dalirio Beber e do Deputado Federal Esperidião Amin). Representantes do Governo do Estado, ALESC, TJSC, prefeito Municipal de São João Batista, presidente da Associação dos Descendentes e Amigos do Núcleo Pioneiro da Imigração Italiana no Brasil (ADANPIB), Arquivo Público de Santa Catarina, OAB – Seccional de Santa Catarina, Câmara de Comércio e Indústria Italiana de Santa Catarina.

A lei federal nº. 13.617/2018, sancionada pelo presidente Michel Temer em 11 de janeiro de 2018 e publicada no Diário Oficial da União de 12 de janeiro passado, atribui, equivocadamente, ao município de Santa Teresa, no Espírito Santo, o título de "Pioneiro da Imigração Italiana no Brasil", que de fato pertence a Colônia Nova Itália, no município de São João Batista/SC.

Nesta terça-feira, dia 27, a Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa (CCJ) aprovou por unanimidade, o projeto de lei que reconhece a Colônia Nova Itália, no município de São João Batista, como pioneira da imigração italiana no Brasil.

Fundada em 1836 no Vale do Rio Tijucas-grande, a Colônia Nova Itália, no atual município de São João Batista, é inequivocamente o Berço da Imigração Italiana no Brasil.

Os 186 pioneiros imigrantes italianos, que viriam colonizar e desenvolver terras brasileiras, aportaram, em março de 1836, na baía norte da Ilha de Santa Catarina, no porto do Desterro, transportados pelo navio Correio.

E 132 destes imigrantes fundaram a Colônia Nova Itália, a pioneira da imigração italiana no Brasil, que ao longo de décadas recebeu também outras levas de imigrantes italianos.

A colonização italiana no Espírito Santo ocorreu 37 anos e 11 meses após, a partir de 21 de fevereiro de 1874, quando o navio La Sofia chegou a porto de Vitória, com 388 camponeses de língua italiana do império austro-húngaro e vênetos.