(VÍDEO) Pedroca diz que professores em greve deveriam ter vergonha na cara

Sem papas na língua, como é conhecido, o prefeito de São João Batista, Pedro Alfredo Ramos, o Pedroca, disse que não vai ceder na greve iniciada por professores daquela cidade, que querem receber reajuste salarial de 33%. A afirmação se deu em entrevista ao programa Rádio Revista Cidade, da Rádio Cidade, desta quarta-feira (01). Este assunto e o futuro político foram parte do bate papo com a equipe da emissora.
Pedroca afirmou que há em torno de 52 professores que se encontram com as atividades paralisadas por conta da greve. Eles permanecem na praça próximo da Prefeitura, na tentativa de pressionar o governo local a acatar o pedido de adequação.
O prefeito disse que tem duas responsabilidades no cargo, que é de pagar os servidores e fornecedores em dia.
“A Prefeitura, o financeiro, não tem condições de dar (o reajuste). Não é o Pedroca que não quer dar. É que eu tenho responsabilidade para botar as contas em dia e o que os professores estão pedindo é um absurdo”, frisou ele na entrevista.
Pedroca afirmou que nenhum professora na rede municipal recebe menos de R$ 4 mil por mês, o que é a remuneração básica no município. Há casos, segundo ele, de professores que estão participando da greve e que recebem mais de R$ 8 mil mensais.
O prefeito de São João Batista também disse que os educadores em greve podem ficar nessa situação até o término de seu mandato, em dezembro de 2024, que não vai mudar de posição. E foi mais além:
“Depois da tragédia, do desastre que aconteceu em São João Batista, eles que dessem uma volta com a assistência social para ver a situação de São João. Agora, professor, ganhando R$ 8, R$ 10 ou R$ 12 mil em greve na frente da Prefeitura. Eu teria vergonha na cara. E ainda estão lá rindo, como se fossem donas do mundo”, pontuou.
Pedroca disse que quando os professores voltarem ao trabalho, aqueles que fizerem algo de erardo serão demitidos.
"Lamento muito não ter a caneta para poder dizer na minha cidade vpcês não trabalham mais. Porque é um absurdo. E o dia que elas voltarem para a sala de aula, se eu ver alguma coisa que estão fazendo de errado, vou botar pra rua. Depois, vão procurar os direitos deles, mas vou colcoar pra rua" soltou.
Deflagrada em novembro do ano passado, 2022, a greve dos professores da rede municipal de São João Batista completará quatro meses. Eles pedem eu a Prefeitura pague o referente ao reajuste do piso nacional do magistério, de 33%. Ainda em novembro, decisão o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) considerou legal a greve dos educadores.