Transferência suspeita vira embate com agência bancária

O imbróglio envolvendo uma transferência bancária da conta da família de Cristiano Corrêa, morador de Brusque, já dura cerca de dois meses. Eles foram surpreendidos após o contato de um representante da Caixa Econômica Federal, questionando a transferência de R$ 5 mil da conta da esposa dele, Fátima, para uma conta na cidade de São Paulo.
Corrêa nega que a família tenha feito a transação, registrada no início de maio. Até por não ter feito negócios relacionados à cidade. O celular usado para o procedimento também não é reconhecido por eles.
Outro ponto que ele chama a atenção é que o horário registrado é um que ambos estão no trabalho.
Segundo ele, na semana passada, ocorreu uma audiência intermediada pelo Procon entre a Caixa e a família. Apesar da tentativa, ele afirma não ter tido avanços na tratativa.
“A Caixa não aceita nenhum argumento nosso. Eles dizem ‘tu fez a transferência’, inclusive está no documento”, queixa-se.
Corrêa também reclama de pouca transparência sobre os procedimentos adotados pela agência, além da pouca atenção dada a eles. “A Caixa tem que proteger a minha conta. Não pode sumir um dinheiro da minha conta e eu estou dizendo para ti que eu não fiz a transferência”.
Caixa se manifesta
Em nota, a Caixa Econômica Federal confirmou à Rádio Cidade ter feito a análise do pedido de contestação do caso, mas que, “em respeito ao sigilo bancário, o resultado foi comunicado diretamente à cliente”. No posicionamento, o banco também reforça a necessidade de adoção de medidas de segurança.
De acordo com a nota, a Caixa também informa que os produtos e serviços oferecidos são monitorados e existe atuação conjunta com a Polícia Federal e órgãos de segurança pública para identificar e investigar casos suspeitos de fraudes ou golpes.
Confira nota na íntegra:
“A Caixa realizou a análise do pedido de contestação de saque aberto pela cliente. Em respeito ao sigilo bancário, o resultado da análise foi comunicado diretamente à cliente.
O banco orienta que os cidadãos utilizem única e exclusivamente seus canais oficiais para buscar informações e acesso aos serviços, jamais compartilhando dados pessoais, usuário de login e senha. Senhas e cartões são pessoais e intransferíveis.
A Caixa informa que monitora seus produtos e serviços e atua conjuntamente com a Polícia Federal e demais órgãos de segurança pública na identificação e investigação de casos suspeitos e na prevenção a fraudes e golpes.
O banco esclarece que pedidos de contestação podem ser realizados em qualquer agência da Caixa. Para isso, o cliente precisa comparecer a uma das unidades, portando CPF e documento de identificação.
Caso o cliente desconfie de alguma ligação, importante desligar o telefone, procurar o seu gerente na agência ou retornar para o Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC): 0800 726 01 01, ligando de outro número de telefone ou, preferencialmente, alguns minutos após a ligação suspeita.
A Caixa reforça os principais cuidados que devem ser observados:
Não forneça senhas ou outros dados de acesso em sites ou aplicativos não oficiais, bem como em ligações telefônicas.
Links suspeitos podem levar à instalação de programas espiões, que podem ficar ocultos no celular ou computador, coletando informações de navegação e dados do usuário.
Utilizar sempre navegadores e softwares de antivírus atualizados.
A Caixa jamais solicita senha e assinatura eletrônica numa mesma página, sendo a assinatura digitada somente por meio da imagem do teclado virtual.
A Caixa não envia SMS com link e só envia e-mails se o cliente autorizar.
A Caixa não solicita ao cliente o desbloqueio ou cadastramento de novos dispositivos móveis (celulares).
A Caixa disponibiliza orientações de segurança em seu portal da internet (http://www.caixa.gov.br/seguranca/Paginas/default.aspx).
Em caso de dúvidas, os clientes têm à sua disposição os canais de atendimento ao cliente Caixa, tais como SAC/Ouvidoria, 0800 ou qualquer uma de suas agências (http://www.caixa.gov.br/atendimento).”