Embate sobre multa ambiental de R$ 405 mil

A votação de um projeto que autoriza a Prefeitura de Brusque a parcelar o pagamento de uma multa de R$ 405 mil por crime ambiental deu o que falar na sessão extraordinária desta segunda-feira (16) na Câmara Municipal de Brusque. O valor se refere à derrubada da mata para construção da Rua Osvaldo Niehbur, no Bairro Nova Brasília, trajeto que liga a região ao Loteamento Cyro Gevaerd, no Bairro Limeira Baixa.
O vereador Valmir Ludvig (PT) disse que na sessão anterior se fez um barulho sobre aprovação do projeto de convênio com Brusque Convention & Visitours Bureau e nesta terça-feira se aprovaria o projeto de R$ 400 mil por questões ambientais. Alguém levantou aqui na tribuna sobre valores. Queria dizer que existe uma série de questões que temos que levantar antes de levantar problemas ou insinuar. Porque temos vários problemas por causa dessa multa, por teimosia, disse na tribuna, frisando que a penalidade se deu por conta de abusos cometidos na gestão do ex-prefeito Ciro Roza (PSD), quando primeiro se fazia as coisas para depois buscar a legalidade.
Dejair Machado (PSD) rebateu as colocações de Ludvig, dizendo que multas ambientais acontecem todo dia. Citou exemplo da BR 101, cuja obra e multas ambientais seguem por anos. Disse que a relevância da Rua Osvaldo Niebuhr justifica a execução da obra, que é um ganho muito grande, diferentemente de R$ 120 mil doados a uma empresa privada, mencionando o convênio com o Brusque Convention & Visitours Bureau.
Às vezes compensa até você ter que pagar uma multa, mas realizar uma obra, do que ficar nessa inércia que é o atual governo. Que seja paga por este governo. Se não esta fazendo nada, que paguem por obras que outros governos fizeram, soltou.
Celso Emydio da Silva (PSD) também contra-atacou ao dizer que, recentemente, uma rua foi aberta no Bairro Limeira Baixa e a multa aplicada pela derrubada da vegetação foi de apenas R$ 5 mil.
Felipe Belloto (PT) disse que se valer o discurso dos oposicionistas está se justificando a ação de derrubada de mata protegida. É a cidade que paga a conta pela falta de zelo e irresponsabilidade de um grupo que governou esta cidade, disse ele. Disse, ainda, que a maior prova de que a Beira Rio foi mal feita é a calçada da mesma estar sendo reconstruída. Um rebate a colocações feitas por Prudêncio Nero de que o espaço está danificado.
Roberto Pedro Prudencio Neto (PSD) disse que era melhor ser surdo do que ouvir tanta bobagem, em referência aos discursos de Ludvig e Belloto. Chamou o atual governo de inerte e que não constrói vias de acesso entre bairros.
Posso elencar aqui várias situações em que também foram embargadas obras. A própria construção da usina de asfalto também foi embargada por questões ambientais, frisou, mencionando que um governo que faz está sujeito a multas ambientais.
Ivan Martins (PSD) disse que toda administração quando assume um governo recebe o ônus e o bônus do governo anterior. Esses, hoje, que são situação, que na época eram oposição, ficaram os doze anos do ex-prefeito (Ciro Roza) denunciando. A Beira Rio, se dependesse do PT, do vereador Valmir Ludvig,porque foi ele quem mais entrou com ação contra, não sairia. Estaria no projeto, no papel até hoje, soltou.
O projeto foi aprovado com votos favoráveis dos 15 vereadores.