Impasse entre hospital e cooperativa ameaça atendimentos
O atendimento a conveniados da Unimed no Hospital Evangélico pode estar em risco. Foi o que afirmou a direção da unidade, através de suas assessoria jurídica, no final da tarde de hoje (16). O motivo seriam entraves na negociação de valores, o que, segundo a direção, estariam prejudicando a manutenção dos serviços prestados pela unidade.
De acordo com o advogado do hospital, Antonio Carlos Goedert, há tempos que existem dificuldade na renegociação de contratos com a empresa. Na tarde desta quinta-feira, o hospital recebeu uma notificação judicial, comunicando que a Unimed depositou o pagamento de valores, mas que os mesmos estariam em juízo. O motivo alegando pela cooperativa seria a quebra de contrato de algumas cláusulas por parte do hospital. Ainda de acordo com o advogado, caso não haja uma solução no impasse, os serviços a conveniados podem ser suspensos na unidade.
O gerente da Unimed em Brusque, Fabiano Amorim, disse que precisava se informar a respeito do que foi tratado na coletiva com a imprensa, solicitada pelo hospital, para depois emitir alguma avaliação. Entretanto, ele disse que se o hospital deixar de atender, estará quebrando outra cláusula contratual, já que está previsto que a unidade deverá manter o atendimento por pelo menos 30 dias depois do fim do contrato.
Amorim disse também que, caso isso venha a ocorre, todos os pacientes conveniados com a cooperativa serão atendidos, mesmo que seja em outros municípios.
A direção do Hospital e Maternidade Cônsul Carlos Renaux (Hospital Evangélico) convidou a imprensa local para um conversa na tarde de ontem, 16. No encontro, foi anunciado que há um impasse entre a unidade e a empresa de convênios Unimed. O motivo seria o bloqueio na Justiça de valores que deveriam ser repassados para custear os atendimentos feitos pelo hospital a pacientes conveniados da empresa.
De acordo com o advogado do hospital, Antonio Carlos Goedert, as negociações junto à Unimed vêm ocorrendo há algum tempo e o impasse foi criado em determinados pontos do contrato existente entre as partes, e que isso pode levar ao cancelamento dos serviços prestados pelo hospital à cooperativa. Ele não soube dizer, no entanto, quais seriam esses motivos. “Em linhas gerais são questões que devem ser tratadas de maneira que todo o contrato possa ser revisto”, disse ele.
O advogado citou que alguns dos entraves se devem a questões ligadas a preços de medicamentos e procedimentos médicos. A cooperativa teria sinalizado com a intenção de não repassar os valores correspondentes aos atendimentos prestados pelo hospital a seus conveniados. Goedert não soube afirmar com precisão quantos atendimentos o hospital faz por mês de pacientes conveniados à Unimed. Porém, destacou que no último mês foram atendidas mais de 3 mil pessoas, sendo destas em torno de 300 internações. A Unimed teria depositado uma quantia referente aos serviços, mas teria solicitado o bloqueio via ação judicial, alegando que o hospital teria quebrado algumas cláusulas contratuais. “Hoje o atendimento está sendo feito, vai continuar a ser feito, mas está sendo colocado em risco em decorrência desta dificuldade em renegociar” disse o advogado.
Gerente da Unimed diz que paralisação do atendimento é mais um item de quebra de contrato
O gerente da Unimed em Brusque, Fabiano Amorim, não quis se manifestar sobre a questão envolvendo a Unimed. Ele disse que precisava se informar bem sobre a questão tratada na entrevista coletiva e conversar com a diretoria da empresa para poder dar alguma informação. Entretanto, Amorim disse que a empresa tomou a decisão de depositar os valores em juízo porque o hospital teria quebrado cláusulas contratuais. Ele afirmou ainda que se o hospital decidisse parar o atendimento nesta sexta-feira, estariam quebrando mais uma cláusula, pois o contrato prevê que, caso o serviço seja interrompido, a unidade deverá manter os mesmo por pelo menos 30 dias. Ele garantiu ainda que, caso haja interrupção dos serviços prestados pelo hospital, o atendimento será feito mesmo que seja em outros municípios. Até o fechamento desta edição ainda não havia sido dada nenhuma posição, tanto do hospital quanto da cooperativa sobre o assunto.


