Os moradores de Guabiruba irão receber, a partir desta semana, a visita de agentes da empresa Geomais Geotecnologia, que estará a serviço do município para atualizar a base de dados imobiliários disponíveis na Prefeitura. Os dados atuais são de 1994, conforme a lei complementar nº 508, que instituiu o Código Tributário do Município. Sendo assim, o trabalho servirá para atualizar essas informações e a planta genérica de valores da cidade.

Atualmente, esses valores estão defasados. Nas ruas Brusque e 10 de Junho, por exemplo, o valor praticado é de aproximadamente R$ 17 o m²; Guabiruba Sul, Aymoré e São Pedro, R$ 10 o m²; e Lageado Baixo, R$ 5 o m². O trabalho irá ainda identificar os imóveis, desmembramentos e as novas construções que não estão cadastradas na prefeitura.

Os agentes que irão visitar as residências estarão devidamente identificados com coletes amarelos e crachá com o nome da empresa e brasão da Prefeitura de Guabiruba. No entanto, qualquer dúvida poderá ser esclarecida com o setor de tributação, pelo telefone 3354-0141.

Esta é a segunda parte do processo. A primeira consistiu no trabalho de aerofotografia, sendo que essas informações serão cruzadas com as feitas a partir de agora pelos agentes. Por isso, é importante que a população contribua, respondendo aos questionamentos e repassando corretamente as informações.

População escolhe onde irá aplicar o imposto

Com o levantamento dos dados imobiliários, a administração municipal irá discutir com a comunidade os novos valores do Imposto Predial Territorial Urbano – IPTU e corrigir as falhas existentes, uma vez que hoje, na mesma via pública, praticam-se valores diferenciados entre os contribuintes.

Conforme o prefeito Matias Kohler, essa revisão será amplamente debatida com a comunidade. “A população pode ficar tranquila, não se tem aqui o único intuito de aumentar o IPTU. O que queremos é discutir o assunto com a população e com a Câmara de Vereadores e praticar valores mais justos. Só para ilustrar, na rua Brusque o valor do IPTU está sendo tributado à R$ 17 o metro quadrado. Um terreno de 400 m² nessa região custaria menos de R$ 7 mil, o que não é a realidade do mercado. Hoje não se compra nada na área central por menos de R$ 150 mil”, compara.

Ele antecipa que um novo programa será lançado para que os moradores decidam onde querem aplicar o valor dos tributos. “Queremos devolver esse dinheiro para a comunidade. Por exemplo, se o bairro Guabiruba Sul arrecadou R$ 300 mil, sua Associação de Moradores, seu representantes vão decidir que obras irão executar com esse valor. Isso quer dizer que cada bairro vai receber de volta, integralmente, o valor do IPTU em forma de benefícios para sua comunidade”, pontua.

Com medida, a administração municipal tem o propósito não só de premiar a comunidade que mais contribui com suas obrigações fiscais, mas envolver a população no processo de planejamento e construção de Guabiruba.