Uma entrevista coletiva agendada pelo administrador do Hospital de Azambuja, Fabiano Amorim, na tarde desta quinta-feira (7), serviu para mostrar, após cinco meses de intervenção da Prefeitura no hospital, que os problemas que levaram ao quase fechamento do atendimento de urgência e emergência foi por incompetência administrativa. Este foi o termo usado pelo admnistrador para ilsutrar a situação.
Recursos que poderiam ter vindo para o hospital e não vieram, num valor aproximado de R$ 11 milhões, foi um dos tópicos da coletiva que expôs uma situação ainda mais grave. A recente decisão judicial buscada pela Diocese para impedir novos financiamentos pode deixar os funcionários sem o pagamento do 13º salário.
Fabiano falou à Rádio Cidade e disse que não é um desabafo, mas sim a necessidade de uma prestação de contas que o levou a convidar a imprensa. Ele relatou que dos R$ 400 mil tomados como empréstimo foram para realizar investimentos e que eles seriam gastos naturalmente na manutenção do sistema informatizado e que agora a unidade hospitalar vai contar com um moderno sistema que permitirá, inclusive, fornecer o resultado de exames através da internet. Outros R$ 200 mil foram necessários para realizar o pagamento de acertos trabalhistas com 30 funcionários que foram demitidos, por sugestão das chefias e que estavam comprometendo o bom atendimento do hospital.
Caso a administração do Hospital não consiga reverter a decisão judicial que impede contrair novos empréstimos, os funcionários ficarão sem receber o 13º salário. Ele lembrou que os interventores pegaram o hospital com dívidas, inclusive de financiamento feitos para quitar o 13º salário do ano passado, por isso ficou surpreso com a decisão tomada através da justiça.
Fabiano deixou claro que apesar de insistentes tentativas do prefeito Paulo Eccel em se reunir com o bispo diocesano para colocar a situação e decidir sobre os rumos da intervenção, não houve interesse dos antigos administradores em tratar sobre o assunto e por esse motivo não se sabe se a intervenção cessará em 31 de dezembro ou se será prorrogada pela administração municipal.