Poucos policiais não quiseram a vacina, diz 18° BPM

A pandemia do novo coronavírus trouxe novos desafios para a segurança pública. Além dos equipamentos de uso, a vacina se tornou mais uma proteção necessária para a tropa, mas nem todos adotaram o imunizante.
O subcomandante do 18º Batalhão de Polícia Militar, major Ciro Adriano da Silva, projeta que uma minoria do efetivo do batalhão optou por não tomar o imunizante, conforme divulgado no início do mês. Ele classifica a decisão como “pessoal”. Neste tipo de caso, o policial precisa assinar um termo que é repassado para a diretoria de saúde do órgão.
“Não me ative a quem não teve vontade de tomar a vacina. Até teve uma reportagem que fala que teve gente de Botuverá que não tomou, mas eu não procurei saber, acho que é uma questão de cada um, ninguém é obrigado a tomar. Não tem como obrigar. É uma questão pessoal”, resumiu.
Os efeitos da pandemia chegaram a ser sentidos no dia a dia do batalhão, mesmo que o número de contágios tenha sido pequeno, segundo Silva. Muitas das vezes, relembra, o contágio acabou ocorrendo durante o convívio familiar.
Por conta de suspeitas de casos e testes também foi necessário alterar escalas de policiais, afastamento e reduzir as atividades internas para evitar reunir muitas pessoas no quartel. Um efetivo reserva foi montado para suprir ausências da tropa por contaminação.
Demanda interna
Ciro relembrou a atuação direta e interrupta dos policiais tanto em atividades de rotina quanto na fiscalização focadas no combate à pandemia. Segundo ele, mesmo com a demanda pela vacinação por parte dos policiais, havia a necessidade de respeito aos grupos prioritários.
“Havia uma pressão grande para que PM fosse incluída nos grupos prioritários”, relembra. A demanda começou a ser atendida em abril, após a liberação de parte das vacinas para os policiais.
No dia 19 de abril, 40 policiais foram vacinados só em Brusque. Pela ordem, foram priorizados aqueles que atuavam na fiscalização de normas sanitárias, nas radiopatrulha, serviços especializados e policiais com histórico de comorbidades. No mês de maio a vacinação foi liberada para todo o batalhão, que incluía civis que trabalhavam nas unidades do 18ºBPM. “Nossa preocupação era que fosse disponibilizado para todos os que quisessem tomar”.