Representantes da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) e do Sesi/Senai estiveram reunidos no Senai de Brusque na noite desta quarta-feira (23). O encontro foi para o anúncio de investimento de R$ 34 milhões em dois anos na ampliação estrutural e modernização do Senai, além de esclarecer planos de revisão das estruturas no estado.
A reestruturação do sistema e reformulação de laboratórios estiveram entre os focos do encontro, principalmente pelo boato de uma possível transferência do Laboratório de Fiação Têxtil (Lafite) de Brusque para Blumenau. A possibilidade minimizada pelo presidente da Fiesc, Mário Cezar de Aguiar.
O que pode ser levado para a cidade vizinha, segundo ele, são os chamados laboratórios de ensaio. A situação está em análise e uma possível transferência ocorreria em até dois anos. O presidente defendeu que a avaliação envolve todas as estruturas do sistema, visando a sustentabilidade e o interesse da indústria.
“É uma interpretação equivocada. O que que estamos fazendo? Estamos unificando alguns laboratórios. Isso vai trazer benefícios para o sistema, vamos fazer grandes investimentos, mas nós não temos ter laboratórios subdivididos, então estamos concentrando em algumas regiões”.
Ele também comentou sobre a ampliação do ensino para até 2030, classificadas como ousadas, pelo presidente. “Queremos que a criança entre no Sistema S de ensino e permaneça até a pós graduação. Estamos preparados, com uma estrutura muito bem preparada, voltando a educação para a vocação industrial”, resumiu.
Investimentos e esclarecimentos
Superintendente do Sesi/Senai, Fabrizio Machado Pereira, ressalta que o investimento atende necessidades do setor industrial local. Destaca a construção de um novo bloco com mais de 4 mil metros quadrados e intervenções em todos os cinco blocos existentes. Segundo ele, o investimento também irá cobrir a aquisição de novos equipamentos, sobretudo voltados ao têxtil.
Quanto o Lafite, Pereira, reforça se tratar de um espaço de serviço e que sua situação está em análise. Uma das necessidades, segundo ele, é aumentar a utilização do espaço. Hoje, estima que 83% do uso do local seja de clientes de outras cidades.
Para a presidente da Associação Empresarial de Brusque, Guabiruba e Botuverá (ACIBr), Rita de Cássia Conti, o encontro foi importante para reduzir ruídos na comunicação entre os órgãos. Na avaliação dela, a aproximação também serviu para início de construção de uma agenda positiva para a indústria local.



