Crédito bancário mantém crescimento do setor
Especialistas e empresários da construção civil são unânimes em afirmar, que uma das razões do crescimento econômico do setor ao longo dos últimos anos tem ligação direta com a oferta de crédito financeiro. Os bancos, principalmente os públicos, estão injetando um grande montante de dinheiro no mercado, recursos destinados ao financiamento imobiliário. Embora não seja o único, o setor de habitação guarda os maiores privilégios.
Somente em Brusque, a Caixa Econômica Federal, por exemplo, tem à disposição R$ 13 milhões para financiar a aquisição ou construção da casa própria. O dinheiro é oriundo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e também das aplicações da caderneta de poupança.
“Se cumprirmos a meta, teremos mais dinheiro ainda. Essa é a meta mínima”, explica a supervisora de habitação da agência no município, Roseli Santana. Segundo ela, há dois anos faltou dinheiro no mês de outubro, na agência, para aplicar no segmento. Isso ocorre porque o Governo Federal especifica uma dotação orçamentária para cada região do País e o valor destinado a Brusque não contemplou a demanda. Situação que não deve se repetir. “Tem recursos para todos os financiamentos. Para aquisição e construção, tanto residencial como comercial”, complementa.
No momento de solicitar um financiamento bancário, o cidadão se depara também com uma vasta oferta de modelos de crédito. Quanto à linha destinada para construção ou aquisição de imóveis, isso não é diferente. De acordo com a gerente da Caixa em Brusque, Carin Kuchenbecker, o banco tem hoje duas formas de financiamentos.
Uma delas utiliza o dinheiro do FGTS e a outra tem origem no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE). “A diferença básica entre as duas linhas é o valor de avaliação do imóvel e a renda que a pessoa pode ter para ter acesso a este tipo de financiamento”, explica a bancária. Dos dois, os recursos oriundos do FGTS apresentam maior volume de disponibilidade. Entretanto, o limite para liberação é de R$ 80 mil e isso esbarra nos preços dos imóveis oferecidos pelo mercado local: a média de preços está acima desse valor.
Mas, a oferta do crédito para o setor de habitação, fato que tem contribuído diretamente para o aquecimento na construção civil, afeta diretamente também os comerciantes de materiais de construção. Hoje, é possível a pessoa obter o financiamento na própria loja, que encaminha aos bancos os dados do cliente. Após aprovação, ele somente precisa se deslocar até a agência bancária para assinar o contrato. Os valores a serem liberados variam de acordo com o custo da obra e a renda da pessoa. Os prazos para pagamento também atraem. Dependendo do banco e da modalidade de empréstimo, eles vão de 120 meses até 30 anos.


