Fechamento de espaço no Poço Fundo causa divergência na comunidade
O fechamento de um espaço que servia para a prática de esportes como vôlei e futebol no bairro Poço Fundo causou polêmica na manhã desta quinta-feira (30). O local fica próximo da capela Nossa Senhora da Saúde, e foi fechado devido a algumas reclamações repassadas à igreja de que problemas envolvendo algazarras e consumo de drogas acontecem no local.
Um dos responsáveis pela área até então, o morador Marcelo Alves dos Santos lamentou a situação, já que o terreno foi doado justamente para que se utilizasse como opção de lazer para a comunidade, e agora as redes foram retiradas. Ele informou que o local funcionava há cerca de 10 anos com ele e a esposa auxiliando nos cuidados.
Marcelo afirma que o local era sempre trancado com chave após determinado horário. Agora com a retirada das redes e o fechamento do local por parte da igreja, quem utiliza desse espaço como diversão não tem mais essa opção.
A Rádio Cidade também conversou com o coordenador da comunidade Nossa Senhora da Saúde, Amauri Paza. Ele confirmou a informação de que reclamações por escrito foram feitas sobre o uso do local. E a partir dessas reclamações, foi decidido que o ambiente seria fechado para que mais problemas não acontecessem, já que qualquer acidente com uma criança ou um outro tipo de incidente no local ocorresse, ele seria o responsável judicialmente pelo local pela posição de coordenador que ocupa.
Paza afirma que um prazo de 15 anos foi dado para a utilização do espaço, ou então até que um problema fosse registrado. Como a comunidade foi avisada de algumas práticas que preocupavam a região, o acordo (que era verbal) precisou ser desfeito, com a coordenação tomando a atitude de trancar o espaço e retirar as redes.
Um dos locais que mais preocupava Paza na estrutura toda é a região do banheiro, onde a situação é passível até de uma multa por parte da vigilância sanitária, caso o espaço permaneça aberto. Apesar de não saber a regra, Amauri afirma que a comunidade tem o espaço da escola do bairro, que é coberto para a prática de esportes.
A cessão desse espaço pode ser novamente feita, porém, para isso a associação de moradores do bairro precisa ser regularizada. A partir dessa etapa vencida, um contrato pode ser discutido junto da Mitra Metropolitana, que é a dona do terreno. Paza salientou que a vontade é de que o local seja regularizado e novamente disponibilizado para a população, mas para isso acontecer é necessário que tudo seja feito no papel e por entidades regularizadas.