Dados da Defesa Civil estadual mostram que 68 famílias de Brusque, cadastradas para receber o Auxílio Reação, perderam algumas parcelas do benefício por não terem retirado o dinheiro até 60 dias após o depósito em seus nomes. Com isso, o recurso retornou aos cofres do Estado e não pode mais ser reavido.

Um comunicado foi enviado pela defesa Civil estadual a todas as prefeituras das cidades atingidas pela enchente, alertando para o risco de estas famílias ficarem sem o benefício caso não efetuassem o saque dentro do prazo.

Praticamente todos os municípios atingidos têm registros como este, mas Brusque é a cidade que apresenta o maior número. Há casos de famílias que deixaram de sacar a primeira e a segunda parcelas, em um total de seis. Outras ainda não retiraram nenhuma. A quarta parcela será paga a partir desta semana, nas agências do Banco do Brasil.

O diretor da Defesa Civil de Brusque, Eliseu Muller Junior, afirma que a responsabilidade pelo acompanhamento dos cadastros ficou a cargo da secretaria da Cidadania e Bem Estar Social da prefeitura. "A parte da emissão de laudos, do acompanhamento ‘in loco ficou conosco", explica ele.

A secretária Cida Belli afirma que todas as famílias que se cadastraram para receber o benefício foram orientadas a procurar o banco nos períodos de pagamento, ou então a própria secretaria.

Segundo ela, a informação de que haveria prazo para a retirada, ou então o benefício voltaria para os cofres do Estado, chegou recentemente. "Aí, um funcionário da secretaria ligou para todas as famílias. Algumas souberam, ficaram espantadas e foram retirar o dinheiro. Outras pretendiam deixar lá (na conta) depositado para retirar em outra ocasião e houve ainda quem mudou de endereço e telefone e não foi encontrado", destaca a secretária.

O Auxílio Reação é um benefício pago pelo governo do Estado, com dinheiro proveniente da arrecadação com doações, às famílias afetadas pelas cheias de novembro. O valor é de R$ 415.