Desde os primeiros meses de vida de Fernanda (7), a mãe, Franciele de Santana (26) e o restante dos familiares e amigos se mobilizam para tentar custear o tratamento da menina. Logo aos seis meses, ela foi diagnosticada com um linfangioma, doença rara e que, no caso dela, atingiu principalmente a região da boca.

Sem condições para custear o tratamento da filha, a alternativa encontrada por Franciele foi promover arrecadações. Com a ajuda foi possível custear as primeiras quatro cirurgias de Fernanda, feitas ao longo de um ano.

Uma complicação em um dos procedimentos, impede que ela passe por novas tentativas cirúrgicas. A solução seria o tratamento fornecido pelo hospital paulista AC Camargo, referência no tratamento de câncer. A estimativa é que os custos sejam de cerca de R$ 14 mil.

Em dezembro ela conseguiu uma consulta especializada no caso e a indicação era que o tratamento começasse já em fevereiro deste ano. Desde lá, elas buscam na Justiça, o cumprimento do processo.  

“Há um ano fiz uma rifa para pagar uma consulta e uma especialista constatou que ela não pode mais fazer cirurgia e ela me indicou que entrássemos com um processo para que o estado custeasse o tratamento”, alega.

Caso urgente

Wendel Laurentino, advogado da família no caso, afirma que o processo ainda aguarda a decisão da primeira instância e aguarda ou uma decisão da juíza responsável ou a solicitação de uma nova perícia. De acordo com ele, a baixa idade e a gravidade do caso de Fernanda dão mais urgência ao caso da menina.

Com uma atuação voluntária em casos semelhantes ele ressalta a mudança no perfil da análise dos casos. “Era mais fácil. Hoje a demanda é muito grande desse tipo de ação e os requisitos vem sendo cada vez maiores, então, vem sendo cada vez mais dificultoso. Nesse caso, o juiz já deu uma liminar, obrigando o estado a fazer, então está tendo um andamento mais satisfatório”.