Das 410 meninas entre nove e 11 anos de idade que deverão receber a segunda dose da vacina contra a HPV, 365 estão imunizadas (89,02%) em Guabiruba. Mais de 200 foram vacinadas nas escolas da rede municipal de ensino durante a estratégia entre saúde e educação realizada entre março e setembro deste ano. A imunização continua na Policlínica.

A vacinação é uma medida de prevenção primária que proporciona maior proteção à infecção pelo HPV, sendo que a vacina tem maior eficácia se for administrada em adolescentes que ainda não foram expostas ao vírus, pois, nessa idade, há maior produção de anticorpos contra o HPV que estão incluídos na vacina.

A enfermeira da Vigilância Epidemiológica Ana Lucia Tolentino, responsável pelo Programa de Imunização de Guabiruba destaca a importância dos pais e responsáveis pelas adolescentes incentivem a vacina contra HPV. “Existem cerca de 150 tipos de HPV, que podem causar desde verrugas até cânceres. A vacina distribuída pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é do tipo quadrivalente - protege contra quatro tipos de HPV (6,11,16 e 18), ou seja, abrange os tipos responsáveis por câncer de colo de útero e daqueles responsáveis pelas verrugas genitais”, explica a enfermeira.

Cada adolescente deve tomar três doses para completar a proteção, sendo que a segunda deverá ser administrada seis meses depois, e a terceira, cinco anos após a primeira dose. “A adolescente que iniciou o esquema o ano passado e não tomou a sua segunda dose, deve ir a Policlínica, para completar a dose faltante. Se a adolescente, entre 9 a 13 anos de idade, não iniciou o esquema poderá iniciar agora”, orienta Ana Lucia.

O que é o HPV

O HPV é altamente contagioso, sendo possível infectar-se com uma única exposição ao vírus. A transmissão ocorre por meio do contato direto com a pele ou mucosa infectada, na maioria das vezes, por meio da relação sexual desprotegida. No entanto, o vírus também pode ser transmitido através do contato com mãos, objetos, toalhas e roupas contaminadas. Pessoas infectadas podem não apresentar lesões visíveis e transmitir o HPV sem saber.

Apesar da alta incidência, o câncer de colo de útero pode ser prevenido por meio da vacinação contra o HPV, do uso do preservativo nas relações sexuais e da realização do exame preventivo (Papanicolau).

Todas as informações no site http://prog.dive.sc.gov.br/hotsitehpv/.