Que os semáforos de Brusque se tornaram ponto de arrecadação de dinheiro em Brusque não é novidade, mas no início desta semana uma cena incomum chamou a atenção. Uma mulher portando um cartaz improvisado afirma ser venezuelana e pede emprego. “Venezuelana procura trabalho e ajuda de vocês”, diz o cartaz. Ela está acompanhada pelo neto, de seis anos de idade.

Mercedes Acunha, 52 anos, conta que estava em Curitiba (PR) e seu destino é Rondonopolis (MT) onde tem uma amiga e acha que lá vai conseguir fixar residência. Ela diz que a mãe do menino tem transtornos mentais e não sabe onde ela está, por isso o menino está com ela. Questionada de como veio parar em Brusque, a venezuelana disse que foi informada que aqui o povo é bom e hospitaleiro e tem trabalho.

A mulher disse que é cozinheira, mas tem conseguido muita ajuda em alimentos e dinheiro. Uma mulher chegou a pagar três dias de hospedagem na cidade. Ela afirma que na Venezuela, com um dia de trabalho mal consegue um pacote de um quilo de arroz.  Ela está no Brasil há dois anos e tem se mantido através da ajuda das pessoas ou em limpeza. 

CREAS ACIONADO

No momento em que estava abordando os veículos no semáforo próximo a entrada do Clube Bandeirantes, uma equipe do CREAS (Centro de Referência Especializado e Assistência Social) fez a abordagem e estava tentando convencê-la de receber o apoio e ser encaminhada para um centro de apoio, onde além do acolhimento ela poderia ganhar a passagem para Rondonópolis. No entanto, a mulher relutava em aceitar a ajuda, pois sabe que nos semáforos consegue ganhar a vida e sobreviver.

Assista a entrevista dela para a Rádio Cidade