Quatro horas após o acidente qua aconteceu no início da noite de sábado (9), o  tacógrafo do caminhão envolvido na tragédia respondeu para os policiais rodoviários as primeiras dúvidas sobre o fato em que duas pessoas morreram esmagadas e carbonizadas: a colisão entre o Pampa de Itajaí e o caminhão de  Brusque ocorreu exatamente às 19 horas e a velocidade do caminhão, no momento do choque, não chegava a 80 km/h.  Até a manhã desta segunda-feira (11), as vítimas permaneciam sem identificação.

O acidente

Foi na rodovia Antonio Heil, no km 13,3, na curva de entrada da chamada "Reta dos Padres", no sentido Itajaí-Brusque. O  Caminhão Scania/R113 H4x2 360, de placas JLY-5485, de Brusque, com o semi-reboque carregado de cimento e dirigido por Fábio Barbi (36), vinha de Itajaí.

O Pampa, de era da cidade de Itajaí e que trafegava em sentido contrário, teria invadido a pista e batido no cavalo mecânico. Desgovernado, o caminhão saiu da pista pela margem esquerda, levando junto o Pampa. Os dois só pararam dentro da mata. Por onde passaram abriu-se uma clareira. Completamente esmagado, destroçado em pedaços, o Pampa pegou fogo, sendo extinto com a chegada dos Bombeiros.

As vítimas

Bombeiros, socorristas e policiais trabalharam por mais de três horas para localizar e retirar os dois corpos esmagados e carbonizados entre as ferragens retorcidas do Pampa, sob o caminhão. Levados para o IML de Itajaí, os corpos ainda não haviam sido identificados até o início da manhã desta segunda-feira. O motorista do caminhão, que sofreu apenas escoriações leves, saiu caminhando pelo mato e foi para a pista em busca de socorro. O trânsito na rodovia só foi normalizado pouco antes da meia noite.

Os veículos

Do Ford Pampa, de placa LYN-7066, pouco sobrou. A identificação do veículo só foi possível porque parte da traseira não foi esmagada na mesma proporção do restante. A Polícia Militar Rodoviária não divulgou, mas calcula-se que depois do ponto de choque, o caminhão levou o Pampa de arrasto por mais de 60 metros.