(VÍDEO) Castração em mutirões segue sendo alvo de polêmicas

A castração animal por meio de mutirões está no centro de um debate e em meio à muita polêmica em Brusque. A situação envolve o setor de clínicas veterinárias, por meio da Associação Empresarial de Brusque (Acibr), profissionais de fora que se deslocam à cidade para executar este tipo de serviço e o próprio poder público local. Os procedimentos, normalmente realizados por empresas de outros municípios, vêm sendo questionados pela falta de um acompanhamento presencial mais amplo, que poderia influenciar no bem estar animal.
Esse é o argumento de empresários do setor de clínicas em Brusque. Em fase de formação, o Núcleo de Clínicas Veterinárias da Acibr chegou a se reunir com vereadores para dicutir legislação sobre o tema.
Por outro lado, quem presta este serviço e chega de fora da cidade alega atender todas as exigências técnicas para uma atuação especializada e que é possível fornecer o serviço a custos mais reduzidos. Só do Castrabus, uma das iniciativas que visita Brusque com intervalo de meses, cada fim de semana de ação resulta na castração de cerca de 300 animais.
Veterinário e integrante do Núcleo de Médicos Veterinários da Acibr, José Gesser Júnior alega a necessidade de melhorias na prestação do serviço. Segundo ele, o grupo tem atuado para sensibilizar o poder público para a necessidade de uma atenção com o tema maior sobre o tema.
“Conseguimos conversar com os colegas e percebemos que após os projetos de castração, de um modo geral ou mesmos as dentro dos nossos procedimentos, as castrações acabam tendo intercorrências e vimos a necessidade de melhorar”, pontua.
Além dele, Eduardo Gevaerd, também veterinário, acredita que um dos pontos que exigem atenção é com o pós-operatório. O ideal, segundo ele, é que o animal recebesse um acompanhamento por alguns dias após o procedimento cirúrgico. “Ele é tão importante quanto a cirurgia em si”, pondera.
Segundo a coordenadora do CastraBus, Rita Pisamiglio, o tema é acompanhado por grupos de proteção animal nacionais. Em todas as edições da ação em Brusque são atendidos cerca de 300 animais por fim de semana. Ela reforça que todos os cuidados técnicos são seguidos, conforme exigência prévia para cada edição das ações.
Outro ponto que, segundo Rita, reduz os riscos é a composição da equipe que atua nos mutirões, composta por profissionais especializados, com equipamentos e técnica voltados para este tipo de ação.
A veterinária Keneli Sarmento afirma não ter diferença na atuação, seja em uma clínica ou em uma unidade móvel durante um mutirão. Segundo ela, os procedimentos e dúvidas são esclarecidas por via de um grupo de Whatsapp.
A polêmica entre o setor de clínicas veterinárias e o CastraBus não é de agora. Em fevereiro deste ano, o grupo alegou perseguição por parte da prefeitura de Brusque, que teria autorizada a realização de um mutirão em três dias, mas desautorizado o último deles. Na época, em reportagem veiculada pela Rádio Cidade, o grupo acusou as clínicas veterinárias da cidade de estaremn fazendo pressão na Prefeitura para impedir a realização das castrações a custo menor.