Delegada defende critérios para concessão de medida protetiva

A delegada titular da Dpcami (Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente a Mulher e o Idoso), Rosi Barbosa Serafim, participou na manhã desta quarta-feira (2) do programa Rádio Revista TV e falou de seus projetos frente à delegacia especializada que ela assumiu recentemente. Ao falar da ferramenta de defesa das mulheres, a medida protetiva, a delegada disse que um de seus projetos é instruir as mulheres para o pedido desta medida, uma vez que ela pode trazer consequências no âmbito familiar.
“Um dos projetos que eu tenho, ao assumir essa delegacia, é trazer ao conhecimento das mulheres, quando do registro do boletim de ocorrência, o que na realidade é essa medida de proteção, por que essa medida tem uma consequência na vida do casal. Às vezes, no momento de indicação, no momento que ela está por demais ferida, ela pede essa medida de proteção e geralmente essa medida de proteção ela tem a validade acima de 30 dias. Nesse período, o companheiro não pode se aproximar da vítima, mas passados quatro a cinco dias a mulher pondera sobre aquela situação e o casal começa as tratativas de retorno e antes do vencimento dos 30 dias o companheiro retorno ao convívio familiar e essa quebra da determinação judicial pode acarretar uma prisão preventiva”, explica a delegada, justificando a necessidade de instruir as mulheres sobre essa situação.
Entre os projetos que a delegada da Dpcami defende está a parceria com o poder público municipal para a criação de uma casa que possa abrigar as vítimas de violência no momento da transição entre a denúncia e o encaminhamento, para não retornar para junto do agressor. Ela também pretende, no novo prédio que vai abrigar a Dpcami, oferecer orientação de advogados para as mulheres em alguns casos, através de parceiras também.