A cozinheira, o bebê e a dona do restaurante
Sabe aquela história do bebê abandonado na porta de uma casa estranha? É assim que começa o espetáculo A Cozinheira, o Bebê e a Dona do Restaurante. Dali em diante, a plateia mergulha no mundo da imaginação, com figuras animadas, muita música e sonoplastia impecável e, claro, muitas risadas.
Este é o espetáculo que será apresentado pela Companhia do Gesto, do Rio de Janeiro (RJ), na Temporada de Teatro do Cescb, na próxima quarta-feira (28), em duas sessões, às 9h da manhã e às 19h30min, no teatro do Centro Empresarial de Brusque.
A pedido do público que tem assistido as apresentações anteriores, os ingressos estão à venda uma semana antes de cada espetáculo. Para nossa surpresa, a primeira apresentação desta peça já está esgotada e para a segunda, muitos ingressos também foram vendidos, portanto, o público deve garantir com antecedência suas entradas para evitar transtornos, lembra o coordenador e produtor da Temporada, Sérgio Valle.
A peça foi criada a partir do roteiro original do ator Ademir de Souza (prêmio Zilka Sallaberry de melhor ator/2008), que também é responsável pela sonoplastia no palco.
Em cena, estão duas mulheres, a Dona do Restaurante e a Cozinheira (patroa e empregada), que veem sua rotina de trabalho e sua relação cotidiana transformadas pelo aparecimento de um bebê à porta dos fundos do restaurante. Toda a ação acontece na cozinha, com as duas mulheres divididas entre atender os clientes, cozinhar e cuidar do bebê. Tudo regido pela enigmática figura de um maestro-sonoplasta, que executará as sonoridades em sincronia com a movimentação das atrizes.
Como nos demais espetáculos da Companhia, são utilizadas linguagens cênicas não convencionais, como a falta de diálogo entre as atrizes, preenchidas pela sonorização, além da grande novidade: as máscaras de látex.
Durante o processo de pesquisa e criação cênica do espetáculo, surgiu a ideia das máscaras. Elas acabaram sendo confeccionadas pela própria Cia do Gesto para o desenvolvimento dos personagens. Ao serem encaixadas sobre o rosto dos atores, dão maior realismo às cenas. A partir delas, conseguimos criar um corpo não realista, não cotidiano. As máscaras são capazes de acentuar os gestos, explica o diretor Luis Igreja.
Já o ritmo acelerado das cenas, resgata os clássicos desenhos animados das décadas de 40 e 60, baseados na ausência de diálogos, mas com uma rica sonoplastia, como em Tom e Jerry. Esses desenhos cruzam décadas, diferentemente dos atuais, que só atendem a faixas etárias específicas. Buscamos criar espetáculos que agradem a todas as idades, conta o diretor, à frente do grupo há dez anos.
A Cozinheira, o Bebê e a Dona do Restaurante dá sequência a uma premiada trajetória de pesquisa sobre linguagens cênicas não convencionais da Companhia do Gesto, que nos últimos anos produziu espetáculos infantis de grande sucesso de público e crítica como Procura-se Hugo, Fábulas dançadas de Leonardo Da Vinci, Maria Eugênia e Claún! Palhaços Mudos. Levamos a animação do cinema para o teatro e a linguagem do teatro para a TV. A receita acaba ficando mais refinada em todos os sentidos, observa Igreja.
Os ingressos para o espetáculo: A Cozinheira, o Bebê e a Dona do Restaurante, estão à venda na recepção do Cescb por R$ 4 (inteira) e R$ 2 (meia entrada).