Vereador volta a criticar intervenção a hospital

Na sessão desta terça-feira (20) da Câmara Municipal de Brusque, o vereador Celso Carlos Emydio da Silva (PSD) abordou o tema saúde. Destacou críticas à intervenção feita pela Prefeitura na gestão do Hospital de Azambuja, há pouco mais de dois meses.

Celso fez uma analise sobre seu inicio na trajetória de médico e frisou que houve uma inversão no que diz respeito aos serviços de saúde. “No nosso país, nesse período, foram fechados alguns mil leitos hospitalares. E, segundo as previsões que se fazer para o próximo ano e ate para 2016, o déficit de leitos ira chegar em torno de 25 mil leitos”, disse, afirmando que é fundamental que se preste atenção nessa situação.

Citou que a crise da saúde no Brasil esta baseada na incompetência da gestão pública. Para ele, os hospitais filantrópicos e santas casas de misericórdias a divida acumulada gira em torno de R$ 12 bilhões. “A cada ano, essa divida tende a crescer em torno de R4 5 bilhões”, acrescentando que boa parte destas cãs estão falidas e respondem por cerca de 50% das internações hospitalares no país.

Como não poderia deixar de ser, citou o caso de Brusque, com referência direta ao Hospital de Azambuja e a intervenção feita pela Prefeitura em junho. Para Celso, a auditoria feita na unidade não revelou o que muita gente esperava. “Esperava ate que houvesse La um tipo de administração que ate permitisse que houvesse escoamento ilegal e ilegítima de numerários, de divisas, dinheiro. O que ficou comprovado para mim é que o hospital tem uma divida grande, R$ 15,5 milhões”, destacou.

Valmir Ludvig (PT) disse que sempre se esteve na mesa de negociação e o que houve foi que o hospital saiu desta mesa. “O prefeito tomou atitude, que é legal. Lá tinha confusões. Apareceu gente da fazenda sendo paga pelo hospital. O hospital tem dinheiro publico e isso não pode ocorrer. Onde não tem controle, passa essa desconfiança”, soltou o petista em aparte.

Marli Leandro (PT) questionou Celso sobre colocação de Celso de que os provedores teriam decidido que o hospital não deveria renovar com a Prefeitura. “Só queria concordar com o senhor quando o senhor diz que o problema da saúde é de gestão. Está bem claro isso agora. A solicitação da prefeitura ao bispo era de que houvesse uma mudança de gestão”, disse.

Deivis da Silva (PTC) disse que o relatório apresentado já era de conhecimento da administração anterior da unidade, que nada fez.

Claudemir Duarte (PT) também defendeu que a unidade não poderia ser fechada e a medida da intervenção foi correta.

Celso encerrou o discurso afirmando que não foi respeitado alguns direitos que o hospital possuía legalmente.