A noite de quinta-feira (15) foi de debate na Câmara Municipal de Brusque. Nela aconteceu a audiência pública para discutir os problemas de telefonia móvel na cidade. Participaram representantes das operadoras Vivo, TIM, Oi e Claro, vereadores, membros da Prefeitura, Procon local, OAB, Unifebe, Uniasselvi/Assevim, entre outros.
O vereador Jean Daniel dos Santos Pirola (PP) apresentou um levantamento de dados feitos pelo Legislativo sobre a qualidade dos sinais das operadoras em vários pontos da cidade. O resultado apontou que o Centro é um dos únicos pontos que há sinal de todas as operadoras. Em contraponto, a maior parte das regiões ou está sem sinal total de todas ou apenas algumas das quatro operadoras conseguem atender os usuários.
Segundo ele, o levantamento das informações foi feito em dias de tempo, justamente para não levantar hipóteses de que o clima teria interferido nos dados. A nossa sociedade esta cansada de desculpas, de vir buscar a solução das operadoras e nada. Mais de 60% da área urbana não têm sinal de celular de todas as operadoras.
O diretor do Procon de Brusque, Fabio Roberto de Souza, disse que mais de 70% das reclamações feitas ao órgãos dizem respeito à telefonia móvel. Foi critico direto aos representantes das operadoras e disse que em 10 anos no órgão era a primeira vez que via um representante da Anatel em Brusque. O que observamos enquanto órgão de defesa consumidor é uma venda cada vez maior. Hoje vc compra celular em qualquer barraca de cocada. Mas em compensação os serviços deixam a desejar.
Segundo ele, as reclamações sobre o problema já seguem de anos. A telefonia celular, realmente, esta apavorante. Uma vez perguntamos a Anatel e ate hoje ano recebemos a resposta. Sempre que questionamos as operadoras ela dizem que cumprem o que a Anatel estabelece. Qual a área urbana de Brusque usada para estabelecer a cobertura?.
O Procon determinou que cada linha vendida o consumidor deve ser informado onde há ou não sinal na cidade. Ela está valendo. O Código de Defesa do Consumidor garante isso e faremos dentro da nossa competência, frisou.
Rodrigo Santos, representando a imprensa local, disse que os veículos de comunicação da cidade têm sentido na pele a dificuldade dos problemas de sinal de celular. Frisou que os problemas se repetem na região toda. Fica a pergunta se há algum tipo de fiscalização sobre a velocidade do trafegado e dados que e entregue aos celulares e telefones fixos, disse, criticando o problema da má qualidade de sinal de internet. Para ele, é preciso também exigir melhor qualidade do serviço onde ele já existe.
Danilo Rezini, representando a Prefeitura, disse que a cidade de Brusque está inserida em um contexto que merece respeito por parte das empresas que prestam serviços. Nós brusquenses e as pessoas que aqui vivem estamos lutando por uma melhora nas condições da telefonia. Pelas estatísticas aqui apresentadas está pior do que imaginávamos e esperávamos, disse ele.
O presidente da subseção da OAB Brusque, disse que a iniciativa da audiência pública precisa ser destacada para que influencie outras cidades a fazerem o mesmo. A não oferta e execução de serviços de qualidade tem sido um desrespeito aos direitos do cidadão enquanto consumidores, assegurou ele. Todos temos aparelhos móveis. Eu moro no Centro e muitas vezes não tenho qualidade, o sinal e interrompido e preciso buscar um fixo para completar o contato, destacou ele.




