Reflexos do evento em Brusque
A Jornada Mundial da Juventude foi um momento histórico para o Brasil. O evento, no Rio de Janeiro, contou com a presença do papa Francisco, entre os dias 23 a 28 de julho. Durante o período, a simplicidade foi algo que chamou muito a atenção do chefe de estado. Para saber qual impacto das palavras do sumo pontífice em Brusque, o jornalismo da Rádio Cidade procurou as lideranças religiosas locais e estaduais para fazer um balanço pós-jornada.
Segundo padre Alvino Milani, pároco do Santuário de Azambuja, o evento foi uma oportunidade falar sobre a igreja. A igreja precisava de um novo impacto, de uma esperança e uma renovação. Esperança que a igreja precisa retomar. E a igreja da América Latina teve uma grande preferencial de olhar para os pobres. O papa Francisco vem assumindo ser um homem pelos pobres, de ser uma igreja mais discreta. Uma igreja mais perto do povo destaca.
Segundo o religioso, houve um distanciamento maior nos tempos passados da Igreja Católica. No Concílio Vaticano II houve a retomada da instituição no sentido de aproximação. Nesse momento, a igreja se tornou mais comunhão. Esperemos que os jovens que participaram da jornada possam ser missionários pelo testemunho de vida. E esse é ser o grande missionário. É a teologia da libertação busca ser um homem desapegado como vem mostrando o papa Francisco, afirma Milani.
Para o padre Pedro Schlichting, reitor do Seminário de Azambuja, o exemplo do papa é muito mais do que as próprias palavras. Tudo o que ele falou se confirma com exemplo. Eu tenho a alegria de trabalhar na comarca de Brusque com um grupo de jovens que faz o acampamento da FAC (Formação dos Adolescentes Cristãos), que é a oportunidade de fazer um bom trabalho, aconselhar e acolher os jovens, fazer toda a orientação do papa. Acolhemos argentinos que viveram a nossa comarca. No seminário, foram 13 adolescentes que participaram aqui conosco. Anunciar o evangelho não é somente pensar em uma missão adjacente, pensando em outros países, comenta ele.
Ainda de acordo com o padre, o grande desafio do jovem é ser missionário no dia a dia. Sendo um jovem diferente, sendo um jovem inteligente, que estuda e aprende mesmo que esteja no mundo do contra valores. Não é apenas para o cristão católico essa compreensão, temos que ter enquanto vida independente da denominação religiosa.
Já para o arcebispo da Arquidiocese de Florianópolis, Dom Wilson Tadeu Jönck, a Jornada é a revolução do cristianismo. O bispo diz que quando se vive o cristianismo, o ser humano vive em uma dimensão diferente. A jornada contou com a presença de 3,5 milhões de pessoas no Rio de Janeiro e para a segurança pública foi tranquilo. Eles tinham apenas o trabalho de orientar e tirar fotografia. Se em um estádio de futebol têm 30 mil pessoas, é obrigatório colocar mil policiais. Ter atitude agressiva para colocar ordem e na Jornada foi diferente.
O religioso disse que existia um entrosamento com a população e é essa ordem que quer o mundo. Nem tudo foram flores Existia transtorno, a jornada era um desafio para os jovens, não tem como atendera todos, por mais que se organize, onde que vai arrumar banheiro satisfatoriamente para todos. Eram filas enormes, mas os jovens souberam desafiar tudo isso.
Segundo o bispo, o papa chama atenção mais por gestos que por palavras. Segundo ele, devemos nos fazer próximos, essa é uma atitude do evangelho, promovendo a cultura do encontro e ir em direção as pessoas. Quanto à questão de carreira na igreja, ele fala que existe uma hierarquia e isso pode ser visto como uma busca de poder. Um exemplo que o religioso deu foi todo brusquense quer uma carro melhor que ele tem e essa é a perspectiva do mundo. E na igreja não deve ser assim. Na igreja é apenas para o uso e que sirva e basta.
Não tem que buscar uma marca e ostentar, isso não é atitude da igreja e do clero. Outra coisa é que o papa diz que as pessoas fixam o olhar na matéria e com isso vai se plantando uma cultura da indiferença. Pessoas morrem e nós buscamos apenas as nossas ambições pessoais. Quando essa cultura se instaura duas partes da população começam a sofrer, porque são excluídas. Isso acontece primeiro com o idoso, depois as crianças e os jovens. O mundo olha como se não precisassem dos jovens. A nossa sociedade não abraça os jovens. Colocam como se ele está de sobra e ele se manifesta geralmente de forma agressiva e destrutiva.
Outro ponto abordado é que a igreja nunca condenou o homossexualismo, segundo ele. Por uma pessoa ter uma tendência homossexual, ele não pode ser excluído, por ensinamento. Como pessoa, posso fazer isso, pode ter preconceito, mas a igreja não exclui destaca.
O bispo finaliza dizendo que esperamos que os jovens se reúnam nas comunidades retomem todas as mensagens do papa, essa é a primeira lição. Retomem e comessem a repercutir tudo aquilo que vivenciaram nessa jornada Mundial da Juventude, que isso possa se transformar em um programa em coisas bem concretas e desenvolvidas em todas as comunidades. Se tiver uma coisa que união a todos é que todos têm fé em cristo e essa importância de cristo em cada comunidade pessoalmente e como grupo.
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