Aos 100 anos, idosa de Brusque não abre mão de votar

Cada voto importa e é assim que, aos 100 anos de idade, dona Alayde Quinoto, moradora de Brusque, saiu de casa na manhã de domingo (30), para exercer seu direito de votar. Uma das filhas levou ela até sua sessão, que fica no bairro Centro II.
A reportagem da Rádio Cidade conversou no local com mãe e filha para saber um pouco mais da sua história e o que fez ela sair de casa para votar. A idosa lembrou que a obrigatoriedade do voto teve início na década de 60.
"Nasci em 1922, mas somente em 1932 as mulheres conseguiram direito a voto. Mas quem decidia se ela votava era o marido", contou Alayde.
Ela lembrou que no ano em que nasceu o país também vivia difíceis escolhas. Ao longo dos anos muitas coisas aconteceram.
"O ano que eu nasci foi um ano difícil. Como agora, estavam colocando a Velha República em xeque. (…) Na política, muitas coisas aconteceram e tínhamos a direita e a esquerda representadas por dois partidos políticos", lembro a idosa.
Dona Alayde citou que sua família já teve simpatizante dos dois lados, mas que isso nunca atrapalhou no convívio.
"No entanto, não brigávamos por causa disso. Sabíamos que enquanto o povo se digladiavam, os políticos iam tomar uma cerveja".
As eleições desse ano vão ficar marcadas na família de dona Alayde não só pelo vencedor nas urnas, mas pela idosa ter chegado numa idade tão importante e ainda ter exercido o seu direto do voto.
"Meu voto não é mais necessário devido à idade, mas acho que devo fazer a minha parte, já que as mulheres tiveram dificuldade em ter espaço para votar", finaliza.