Cerca de 60% não fazem acompanhamento em Brusque

Hoje, 28 de julho, é lembrado o Dia Mundial de Combate às Hepatites. Data que busca encorajar a prevenção, o diagnóstico e o tratamento da doença, que está dividida em três tipos diferentes: A, B e C. Atualmente, Brusque possui cerca de mil pessoas diagnosticadas positivamente. O que chama atenção é que menos de 40% dessas estão em tratamento ou fazem acompanhamento médico.

Segundo a enfermeira Elaine Weirich, responsável pelo Serviço de Atendimento Especializado (SAE) da Secretaria Municipal de Saúde de Brusque, nem todas as pessoas diagnosticadas precisam de tratamento, mas a maioria necessita ser acompanhada por conta da doença.

Na região de Brusque, as hepatites A, B e C são as mais frequentes. A do tipo A é transmitida por água e alimentos contaminados. Os tipos B e C, que são atendidos pelo SAE, têm a transmissão por relação sexual e sangue contaminado. As notificações das virais no município começaram a ser feitas em 1994. “A gente está com 112 pacientes de Hepatite C e 280 de B. Então, é menos de 40% das pessoas que têm a doença que realizam o acompanhamento e o tratamento quando necessário”, enfatiza Weirich

As hepatites são doenças silenciosas, normalmente assintomáticas (a pessoa tem a doença, mas não exibe sintomas), por isso se tornam perigosas. “Ela é grave por causa disso, porque quando a pessoa tem o sintoma, ela já pode estar em um estágio mais avançado, podendo evoluir para cirrose ou câncer de fígado”.  Segundo a enfermeira, quando a pessoa sente algo, a doença se manifesta das seguintes formas: pele e olhos amarelados, urina escura, fezes brancas, cansaço, sonolência, diarréia, vômitos e náuseas.

Uma paciente brusquense que tem o diagnóstico desde setembro de 2014, mas que preferiu não se identificar, teve febre alta, dores musculares e abdominais e vômito. Com isso, ela procurou médico, foi diagnosticada e, hoje, é acompanhada pelo SAE. “Entrei em um processo judicial no mês de março para conseguir minha medicação. Porém, eles alegam que, por ser uma medicação importada e cara, a pessoa só recebe quando está mais crítica. Eu não acho que é por esse lado que deve ser. A pessoa não precisa chegar a um estado mais grave para poder receber a medicação”, reclama ela,  indignada. São 56 comprimidos em duas caixas de remédios que, segundo ela, custam em média R$ 107 mil. Além disso, a paciente também aguarda por uma nova medicação genérica, que seria custeada pelo governo do estado.

A mulher, moradora do Bairro Limeira em Brusque, tem 36 anos, é casada e mãe de três filhos. Conforme o que contou à Rádio Cidade, antes de descobrir a doença, ela trabalhava com serviços gerais. No entanto, com a aparição dos sintomas, não conseguiu continuar no trabalho. Mesmo com essa situação, ela não busca aposentadoria e, sim, a medicação.

A enfermeira Elaine, do SAE, também falou sobre o tratamento. “É fornecido via Estado, que são os de alto custo. A pessoa vem até o serviço, a gente faz o diagnóstico da doença e, se necessário o tratamento, vai fazer um encaminhamento de um processo para o Estado, que libera a medicação e manda mensalmente para Brusque”.

Segundo ela, se o paciente tem a indicação, recebe o tratamento. Só não recebe quando não se enquadra no protocolo do Ministério da Saúde. Esse protocolo do MS disponibiliza de um número de cópias – a dosagem para dar início ao tratamento com medicação. Se o paciente possui número abaixo do estipulado pelo Ministério, terá direito apenas de acompanhamento, sem remédios.

Foi anunciado na segunda-feira (27) um novo medicamento para pacientes da rede pública com Hepatite C. Conforme o Ministério Público, esse novo tratamento é mais moderno e cura 90% dos casos, enquanto os medicamentos usados atualmente chegam ao máximo de 47% de chance de cura. A expectativa do governo federal é tratar 30 mil pessoas em um ano. O ministro da Saúde, Arthur Chioro, diz que as novas drogas provocam menos efeitos colaterais e custam menos que outras medicações utilizadas. Diferente do Interferon, que às vezes é usado, mas que traz muitos efeitos ao paciente.

AÇÕES EM BRUSQUE

Nesta semana, a Policlínica do Centro atenderá das 18h às 22h pessoas interessadas em se vacinar contra a Hepatite B. O intuito é imunizar todos, independe da idade. Além da unidade, todos os postos de saúde do município estarão vacinando e orientando acerca das hepatites.

Os exames são feitos diariamente, por meio das unidades básicas de saúde e, também, pelo SAE. “Precisa de um documento com foto, cartão do SUS e jejum de, pelo menos, três horas. A gente encaminha e disponibiliza do resultado na mesma semana”, afirma Elaine. Ela orienta para que as pessoas se vacinem, cuidem da alimentação e usem o preservativo, ao que se trata de transmissão via relação sexual.

Editado e publicado por Valdomiro da Motta

 

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