(VÍDEO) "Um deputado ou mandatário não deveria escolher quem é o chefe de polícia"

O delegado de Polícia Civil Egídio Ferrari disse à Rádio Cidade que seu deslocamento para atuar na Comarca de Brusque se deu por pressão política. Segundo ele, três deputados estaduais da região de Blumenau assinaram um documento para que o policial fosse removido daquela área. A afirmação foi feita durante entrevista ao programa rádio revista cidade, da Rádio Cidade, nesta segunda-feira (19).
Ferrari já está atuando em Brusque, apesar de ter moradia na cidade de Blumenau ainda. Com 10 anos de profissão, o intuito dele é desempenhar da melhor forma o seu trabalho.
Antes de Brusque, ele passou por Curitibanos, Gaspar e atualmente estava em Blumenau, sua cidade natal.
“A minha saída de Blumenau se deu por uma decisão política local. Eu era o coordenador da divisão, houve a troca do delegado regional e por uma decisão, infelizmente política. Porque na minha opinião, um deputado ou um mandatário, não deveriam escolher quem é o chefe da polícia. Enfim, tivemos alguns problemas e eu fui removido da cidade de Blumenau e quando surgiu a possibilidade de Brusque, eu imediatamente decidi que seria essa a cidade que eu passaria a atuar”, destacou.
O delegado também disse que constantemente mantém contato com os colegas de Brusque para se familiarizar e atuará no plantão da comarca. “Estarei, a princípio, atendendo as demandas que chegam na delegacia e também vou despachar o expediente da delegacia de Botuverá. Quero trabalhar, quero atuar com muita vontade. Sou muito verdadeiro, não tenho meias palavras, porque eu não devo nada para ninguém. Sou delegado de polícia concursado, faço o meu trabalho e vou continuar fazendo, doa a quem doer”.
Ele destacou que tem ouvido coisas positivas de Brusque. “É uma das cidades mais seguras do Brasil e isso é graças ao trabalho de excelência das forças de segurança e dos próprios munícipes, não adianta ter policiamento se os cidadãos não favorecem. Eu nunca ouvi falar mal de Brusque, então decidi trabalhar aí”, concluiu o delegado.