O Conselho Municipal de Saúde (Comusa) realizou na noite de ontem (18) a primeira reunião do ano. Como de costume, o local foi o salão nobre da prefeitura. Na pauta das discussões, os conselheiros apresentaram um relatório sobre os atendimentos de emergência no Hospital de Azambuja e o baixo valor nos repasses financeiros feitos pelo SUS, além da prestação de contas da Secretaria Municipal de Saúde.

A presença do prefeito Paulo Eccel (PT), bem como a do secretário de Saúde, Eduardo Loos, foi bastante elogiada pelo grupo de conselheiros e outras pessoas que assistiam à reunião. "Nunca o Comusa recebeu durante suas reuniões a visita do prefeito", destacou a presidente, Sueli Faria Lauritzen.

Paulo Eccel anunciou que haverá um reajuste salarial para os médicos, enfermeiros e assistentes que atuarão no Programa Saúde da Família (PSF) a partir de abril.

O médico e conselheiro Charles Machado apresentou um levantamento de dados sobre os atendimentos feitos no Hospital de Azambuja. Ele apontou ainda o descontentamento quanto à Medida Provisória 451, assinada pelo presidente Lula em dezembro, dando fim à utilização do DPVAT nos hospitais que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Mas, o que levantou os questionamentos foi a prestação de contas da Secretaria de Saúde do município. Os dados foram apresentados pelo setor de contabilidade da pasta, são referentes ao último trimestre de 2008. Os conselheiros chegaram à conclusão de que há desencontros em muitas das informações. Os gastos não batem com o que consta na documentação. A sugestão foi de que seja encaminhada uma denúncia ao Ministério Público para posterior investigação.